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Papa agradece a acolhida e se despede do Marrocos: sejam “servidores da esperança"

A missa em Rabat foi o último compromisso oficial do Papa com a comunidade local, ocasião em que agradeceu a todos pelo bom êxito da viagem apostólica ao Marrocos. O Pontífice também encorajou “a perseverar no caminho do diálogo com os irmãos e irmãs muçulmanos. Possam ser, aqui, os servidores da esperança, de que o mundo tanto precisa!”

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

Ao final da celebração eucarística deste domingo (31) que reuniu a comunidade católica do Marrocos no Centro Esportivo Príncipe Moulay Abdellah, em Rabat, o Papa Francisco usou da sua língua materna, do espanhol, para fazer um agradecimento especial, primeiro ao Senhor, que permitiu realizar a viagem apostólica ao país como “servidor da Esperança”.

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O Pontífice também agradeceu o Rei Mohammed VI pelo convite, bem como as autoridades e todos que colaboraram para o bom andamento da visita, em especial, os arcebispos de Rabat e de Tanger. Uma viagem em que se pode “compartilhar, graças à fé, esperança e caridade”.

"Com esses sentimentos de gratidão, quero mais uma vez encorajá-los a perseverar no caminho do diálogo com os nossos irmãos e irmãs muçulmanos, colaborando também para que se torne visível aquela fraternidade universal que tem a sua fonte em Deus. Possam ser, aqui, os servidores da esperança, de que o mundo tanto precisa!"

Agradecimento do arcebispo de Rabat

Dom López Romero, arcebispo de Rabat, também fez seu agradecimento público ao Papa Francisco ao final da missa, por uma presença que “nos confirma na fé e nos encoraja na missão de construir o Reino de Deus” no Marrocos, mesmo como “uma comunidade cristã que, em sua pequenez e insignificância, quer viver o Evangelho e se tornar um Evangelho vivo para que todos possam ler”.

A visita do Pontífice, disse o arcebispo, foi uma resposta prática ao convite feito continuamente por Francisco aos cristãos para saírem às periferias. Dom López agradeceu por encontrar os irmãos migrantes, pelo apoio contínuo ao diálogo entre muçulmanos e cristãos, pelo “alimento para a nossa esperança”. E ele finalizou:

"Humildemente, nossa Igreja, e cada um de nós, queremos ser uma ponte entre muçulmanos e cristãos, entre o norte e o sul, entre a Europa e a África. Queremos ser, como vocês, os pontífices, construtores de pontes e não de muros, nem de trincheiras, nem de barreiras ou de fronteiras."

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31 março 2019, 15:36