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Funerais na Igreja Prince Tadros, Província de Minya Funerais na Igreja Prince Tadros, Província de Minya 

Mortos pelo simples fato de serem cristãos, diz Papa sobre atentado no Egito

O atentado do Estado Islâmico contra um ônibus que transportava peregrinos, nas proximidades do Mosteiro de São Samuel, Província de Minya, matou sete cristãos coptas e deixou 19 feridos.

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

“Peregrinos mortos pelo simples fato de serem cristãos”. Depois de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco expressou o seu pesar pelo atentado ocorrido no Egito na sexta-feira, 2 de novembro, e que matou sete cristãos coptas e deixou 19 feridos:

“Expresso minha tristeza pelo atentado terrorista que há dois dias atingiu a Igreja Copta-ortodoxa no Egito. Rezo pelas vítimas, peregrinos mortos pelo simples fato de serem cristãos, e peço a Maria Santíssima para consolar as famílias e toda a comunidade".

Seguiu-se um momento de silêncio, quando então o Papa pediu que todos rezassem juntos uma Ave Maria....

 

O atentado foi assumido pelo Estado Islâmico. Os terroristas atacaram o ônibus nas proximidades do Mosteiro de São Samuel, o Confessor, Província de Minya, a 260 quilômetros do Cairo. Em maio de 2017, um ataque semelhante e na mesma área, matou 28 cristãos.

Segundo o padre Greiche Rafiq, porta-voz da Igreja Católica egípcia, "o atentado poderia ser uma resposta dos jihadistas" à operação antiterrorismo realizada em 1º de novembro pelas forças de segurança (com os 18 terroristas mortos) e ao Fórum Internacional da Juventude (WYF), em andamento de 3 a 6 de novembro em Sharm el Sheikh.

"Não sendo capazes de atingir o WYF devido aos rígidos controles de segurança - explica ele - os militantes quiseram atacar um lado mais fraco e um alvo mais fácil." Mas importante recordar que, há um ano e meio, os jihadistas "atacaram da mesma forma na mesma área, contra o mesmo objetivo". "É a segunda vez que isso acontece - conclui o porta-voz da Igreja Católica egípcia - e é provável que tenham agido por vingança". O medo de que uma nova onda de violência possa começar "é real".

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04 novembro 2018, 12:18