Papa Francisco irá a Genebra no próximo dia 21 Papa Francisco irá a Genebra no próximo dia 21 

Delegação norte-coreana encontrará o Papa Francisco em Genebra

A presença do país asiático foi confirmada pela diretora de Comunicação do CMI, Marianne Ejdersten, na entrevista ao Vatican News.

Cidade do Vaticano

Uma delegação cristã da Coreia do Norte encontrará o Papa Francisco durante sua visita ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em Genebra, na Suíça, no próximo dia 21.

A presença do país asiático foi confirmada pela diretora de Comunicação do CMI,  Marianne Ejdersten, na entrevista ao Vatican News.

A viagem do Papa Francisco a Genebra será um dia intenso com muitos encontros de vários níveis. Estão previstos também encontros com hóspedes particulares?

Marianne: “Sim! De 15 a 21 de junho teremos a assembleia do CMI, em Genebra, para a qual esperamos 150 membros do organismo e outros 200 hóspedes. Dentre eles teremos também uma delegação do Sul e do Norte da Coreia. Todos farão parte da assembleia do CMI e participarão também do encontro de 21 de junho.”

Quem são exatamente esses convidados norte-coreanos? Pode explicar melhor essa delegação?

Marianne: “O Conselho Mundial de Igrejas tem ótimas relações com as Igrejas na Coreia do Sul e Coreia do Norte desde 1984. Por esse motivo, convidamos também uma delegação de cristãos da Coreia do Norte.”

Que papel terá o tema da paz durante a visita do Santo Padre a Genebra no próximo dia 21?

Marianne: “Este tema é muito importante porque faz parte da constituição do CMI. O objetivo do conselho é a unidade entre os cristãos, mas também a promoção da justiça e da paz. Como sabemos, a paz não pode ser alcançada sem a justiça. Os dois elementos estão ligados. Por este motivo, temos vários projetos para desenvolver a justiça e a paz no mundo, sobretudo na península coreana. Projetos semelhantes promovemos também na Colômbia e no Sudão do Sul, e naturalmente no Oriente Médio.”

Como é preciso imaginar essa colaboração? São projetos concretos ou se trata de solicitações?

Marianne: “Eu diria que se trata de projetos de paz muito concretos. Penso no Sudão do Sul onde acompanhamos os líderes das Igrejas há vários anos. Nós os ajudamos diretamente, porque pensamos que, ajudando-os, podemos incentivar a paz naquele país. Desta forma eles podem também promover a paz e precisam da nossa ajuda.”

O tema dos refugiados será abordado durante a viagem do Papa a Genebra

Outro tema que será tratado durante a viagem do Papa a Genebra será o apoio das Igrejas aos refugiados. Dentre as quase 350 Igrejas membro do CMI, a maioria representa as realidades africanas e asiáticas, de onde provêm muitos refugiados que fogem rumo à Europa, berço das três tradições eclesiásticas como o catolicismo, igrejas ortodoxas ou comunidades protestantes, é o que sublinha o membro do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Mons. Andrzej Choromanski.

Choromanski: “Muito está sendo feito no âmbito ecumênico pelos refugiados e migrantes. Sobre a dimensão ecumênica, nós do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos junto com o Conselho Mundial de Igrejas estamos desenvolvendo um documento com o objetivo pastoral de dar algumas indicações e ajuda às Igrejas cristãs sobre a colaboração no contexto local para acolher migrantes e refugiados. Devemos ajudar aqueles que precisam de nossa ajuda. A partir desta experiência se desenvolve há muito tempo uma colaboração ecumênica frutuosa em vários contextos locais. Não sei o que dizer ao Santo Padre em Genebra, mas sei que este assunto é muito importante para o CMI que participa do projeto ‘Peregrinação de justiça e paz’. Trata-se de um trabalho importante para o CMI.”

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12 junho 2018, 20:01