Lugares Santos têm uma vocação única à paz, diz Papa Lugares Santos têm uma vocação única à paz, diz Papa 

Papa: natureza de Jerusalém extrapola questão territorial

O Papa recorda na mensagem ao Grão Imã de Al-Azhar, que a Santa Sé defende a necessidade urgente de uma retomada do diálogo entre israelenses e palestinos por uma solução negociada, voltada à pacífica coexistência de dois Estados

Cidade do Vaticano

“Desde agora asseguro que não deixarei de continuar a invocar Deus pela causa da paz, de uma paz verdadeira, real”.

Em agradecimento ao convite feito em 16 de dezembro passado para participar da Conferência Internacional sobre Jerusalém em andamento desde 17 de janeiro na Universidade de Al-Azhar, no Cairo, o Papa Francisco enviou uma carta ao Grão Imã Ahhmed al-Tayyeb, dizendo encontrar-se em Viagem Apostólica, mas assegurando suas contínuas orações pela paz.

“Em particular – disse Francisco – elevo sinceras orações para que os responsáveis das nações, as autoridades  civis e religiosas de todas os lugares se empenhem em esconjurar novas espirais de tensões e apoiar todo esforço para fazer prevalecer a concórdia, a justiça e a segurança para as populações daquela Terra abençoada que tenho no coração”.

“A Santa Sé – reitera o Pontífice – não cessará de recordar com urgência a necessidade de uma retomada do diálogo entre israelenses e palestinos por uma solução negociada, voltada à pacífica coexistência de dois Estados dentro das fronteiras entre eles concordadas e internacionalmente reconhecidas, no pleno respeito da peculiar natureza de Jerusalém, cujo significado extrapola toda consideração em relação à questões territoriais”.

“Somente um estatuto especial , também este internacionalmente garantido, poderá preservar a identidade, a vocação única do lugar de paz como chamamos os Lugares Santos, e o seu valor universal, permitindo um futuro de reconciliação e de esperança para toda a região”.

“É esta a aspiração de quem se professa autenticamente crente e não se cansa de implorar com a oração um futuro de fraternidade para todos”.

“Com estes sentimentos – conclui o Santo Padre – renovo minhas cordiais saudações, invocando do Altíssimo toda a bênção sobre sua pessoa e pela grande responsabilidade que o senhor tem”.

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18 janeiro 2018, 13:08