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Uma mulher caminha pelo mercado no campo de M'Berra usando seu tradicional vestido Fulani em Bassikonou. O campo de M'Berra, no sudeste da Mauritânia, é um dos maiores da África Ocidental que acolhe refugiados, fugindo de violências multifacetadas em Mopti e Timbuktu (norte) centrais do Mali, violências atribuídas a grupos jihadistas, forças malianas e os elementos do Grupo Wagner. (Foto de GUY PETERSON) Uma mulher caminha pelo mercado no campo de M'Berra usando seu tradicional vestido Fulani em Bassikonou. O campo de M'Berra, no sudeste da Mauritânia, é um dos maiores da África Ocidental que acolhe refugiados, fugindo de violências multifacetadas em Mopti e Timbuktu (norte) centrais do Mali, violências atribuídas a grupos jihadistas, forças malianas e os elementos do Grupo Wagner. (Foto de GUY PETERSON) 

Missão da ONU investigará massacre de civis no Mali

Os ataques terroristas, que deixaram ao menos 132 civis mortos, ocorreram na noite de sábado para domingo. O responsável seria o grupo jihadista Katiba Macina, ligado à Al-Qaeda.

Mais de 130 civis foram mortos no centro do Mali em ataques atribuídos a jihadistas afiliados à Al-Qaeda.

Autoridades locais relataram cenas de massacres sistemáticos perpetrados por homens armados em Diallassagou e em duas localidades vizinhas no círculo de Bankass, no centro do país, um dos principais centros de violência que sangra o Sahel há anos.

O governo explicou que "ataques terroristas" ocorreram na noite de sábado para domingo e aponta o grupo jihadista Katiba Macina (também conhecido como Frente de Libertação Macina) como responsável pelos assassinatos, alguns dos quais, diz, já foram identificados.

Os ataques mostram que a violência extremista islâmica está se espalhando do norte do Mali para áreas mais centrais, como Bankass. Por várias semanas, rebeldes extremistas no centro de Mali estão bloqueando a estrada entre a cidade de Gao e Mopti, no centro do Mali.

A missão de paz das Nações Unidas no Mali divulgou uma declaração sobre os ataques no Twitter dizendo estar preocupada com “ataques contra civis na região de Bandiagara (a área central do Mali) perpetrados por grupos extremistas. Esses ataques teriam causado vítimas e deslocamento de populações."

Em comunicado divulgado na noite de segunda-feira em Nova York e Bamako, a missão da ONU se comprometeu em apoiar as autoridades malianas para identificar e levar à justiça os responsáveis ​​por "esses atos hediondos".

A MINUSMA, com mandato de segurança em toda a metade norte do Mali, destaca que os ataques contra pelo menos três cidades também causaram o deslocamento forçado de centenas de civis e especifica que seus "capacetes azuis" ajudaram a evacuar os feridos para o hospital mais próximo em Sévaré.

Nos primeiros três meses deste ano, pelo menos 543 civis foram mortos em atos de violência em diferentes partes do Mali, três vezes mais do que no trimestre anterior.

O Estado do Mali, que está em processo de transição após dois golpes militares em menos de um ano, não controla grandes áreas do país, especificamente no norte e centro, onde a administração central está praticamente ausente enquanto os ataques perpetrados por diferentes grupos aumentar os jihadistas.

A missão de paz da ONU no Mali começou em 2013, depois que a França liderou uma intervenção militar para expulsar rebeldes extremistas que haviam tomado cidades e grandes áreas no norte do Mali no ano anterior. A missão agora tem cerca de 12.000 soldados no Mali e mais 2.000 policiais e outros oficiais. Mais de 270 soldados da paz morreram no Mali, tornando-se a missão de paz mais mortal da ONU, dizem autoridades.

*Com informações de Agências de notícias

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21 junho 2022, 07:11