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Siderúrgica Azovstal de Mariupol Siderúrgica Azovstal de Mariupol 

Ucrânia: cessar-fogo em Mariupol para evacuação de civis

Da Ucrânia, mais notícias de ataques. Ontem, quarta-feira, os bombardeios russos concentraram-se na siderúrgica Azovstal de Mariupol. A partir de hoje há um cessar-fogo de três dias, mas se combate em outras regiões do país. Enquanto isso, a União Europeia anunciou novas sanções contra Moscou.

Giancarlo La Vella e Stefano Leszczynski – Vatican New

A ampla estrutura siderúrgica, que cobre uma área de 11 quilômetros quadrados, é agora um monte de escombros depois dos ataques pesados de ontem. Aterrorizantes as imagens de bombas caindo repetidamente sobre a fábrica. As unidades militares ucranianas ainda estão barricadas no porão da usina siderúrgica, prontas para resistir energicamente. Ontem, quarta-feira, estiveram engajadas em duras lutas contra as forças russas que invadiram a cidade de Mariupol.

Uma trégua para evacuar os civis

Quase a surpresa, Moscou anunciou ontem um cessar-fogo unilateral em Mariupol para permitir que dezenas de civis, incluindo várias crianças, deixassem a siderúrgica de Azovstal através de sete corredores humanitários, segundo fontes militares russas. Já 300 pessoas chegaram a Zaporizhzhia, mais a oeste, graças a rotas protegidas coordenadas pela Cruz Vermelha Internacional e pelas Nações Unidas. Segundo fontes russas, a trégua de 72 horas nos combates também permitirá que as tropas de Moscou se retirem. Mas a pressão de guerra da Rússia também se concentrou ontem nas regiões ocidentais, nas fronteiras com a Polônia, Eslováquia e Hungria. O vice-presidente da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, disse que o avanço de Moscou iria se deter na fronteira com a Polônia.

As novas sanções europeias

Enquanto isso, falando ao Parlamento Europeu em Estrasburgo, Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, anunciou novas sanções contra Moscou, incluindo um congelamento gradual das importações de petróleo. Este é o sexto bloco de medidas decidido pela União. Também se fala de sanções contra os considerados responsáveis pelos massacres de Bucha e pelo cerco de Mariupol. O Patriarca Ortodoxo Kirill está entre os principais nomes. "Queremos que Kiev vença", disse o líder europeu, mas no horizonte está a possível oposição de alguns países como a Hungria, que está falando em vetar o embargo proposto ao petróleo bruto russo. O uso de sanções está criando um forte debate na Europa: se por um lado elas servem para dificultar as operações de guerra russas, por outro, implicam um sacrifício considerável por parte dos países que as impõem. O uso de sanções, segundo Massimo Gaudina, chefe da representação da Comissão Europeia em Milão, não é uma prática extemporânea, mas está previsto pelo direito internacional como uma das formas de evitar ou interromper o uso de armas.

Com relação ao processo de inclusão da Ucrânia na União Europeia, Gaudina lembra que não se trata de uma iniciativa extemporânea, mas de um processo em andamento há algum tempo, com prazos e acordos precisos que já foram agendados e que a situação de guerra atual poderia certamente acelerar, desde que os 27 votassem unanimemente a favor da entrada de Kiev na União.

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05 maio 2022, 16:33