As POM da Austrália e Europa mobilizadas na acolhida aos refugiados

O chefe da Agência da ONU para os Refugiados (UNHCR / ACNUR) Raouf Mazou, afirmou que nesta quarta-feira o número de refugiados que saem da Ucrânia pode chegar a 2,2 milhões, em um fluxo que não dá mostras de cessar. Diante deste quadro, a rede mundial de Pontifícias Obras Missionárias (POM) também está mobilizada para ajudar a população que está deixando o país para escapar da violência e da destruição provocada pela guerra.

A Catholic Mission Australia, denominação das POM australianas, em contato com as POM da Europa mais envolvidas no socorro, responde ao seu pedido de ajuda aos refugiados que fogem da Ucrânia, agora dezenas de milhares.

A Catholic Mission Australia, agradecendo àqueles que oferecem suas contribuições, trabalha com as POM da Ucrânia, Polônia, Romênia e outros países europeus, para dar apoio onde é necessário, explica o diretor nacional da Catholic Mission, padre Brian Lucas, na nota enviada à Agência Fides.

“A oração e o apoio material às pessoas afetadas por essas circunstâncias trágicas são uma expressão da solidariedade da Igreja universal, enquanto nos esforçamos para levar esperança àqueles que tanto precisam”, diz o sacerdote.

Na Romênia, os fiéis locais estão prestando socorro de emergência e apoio pastoral diante da crise humanitária, diz por sua vez Pe. Eugen Blaj, diretor nacional das POM na Romênia.

"A maior parte dos refugiados são mulheres com filhos, que tentam salvar suas vidas da guerra", enfatiza. Os centros de refugiados estão lotados e os serviços essenciais e os fiéis locais estão fazendo todo o possível para fornecer colchões, lençóis, travesseiros e alimentos, além de fraldas e itens básicos de saúde, acrescenta o sacerdote.

Em um e-mail enviado ao Pe. Lucas, padre Eugen fez um pedido: "Se puderes nos ajudar, talvez com uma doação, será muito útil." As famílias estão dilaceradas, fala-se de uma mãe que chegou com os filhos pequenos e a avó à procura de um lugar para dormir.

“Perguntei sobre o marido dela – conta Pe. Eugen -. Com lágrimas nos olhos, ela me disse que homens com 18 anos ou mais estão sendo convocados para a guerra, talvez sua casa esteja agora destruída”.

A dor que os refugiados sentem é forte, “se você pergunta alguma coisa, eles começam a chorar”, diz Pe. Eugen.

Na Polônia os refugiados são acolhidos nas paróquias, e na capela das POM as pessoas rezam pela paz no mundo.

Agradecido pelo generoso apoio das POM da Austrália, Pe. Maciej Bedzinski, diretor nacional das POM na Polônia, afirma que “isso mostra que as POM são uma grande família, uma família missionária".

*Com Agência Fides