Busca

Bartolomeu disse que era difícil encontrar palavras para descrever o sofrimento dos ucranianos que ele encontrou na Polônia. Bartolomeu disse que era difícil encontrar palavras para descrever o sofrimento dos ucranianos que ele encontrou na Polônia. 

Na Polônia, Bartolomeu I denuncia invasão atroz da Ucrânia

Na Polônia, o Patriarca Ecumênico também se encontrou com o presidente da Conferência Episcopal Polonesa, arcebispo Stanisław Gądecki, segundo o qual as ações russas na Ucrânia carregam “as marcas do genocídio”.

O Patriarca Bartolomeu I denunciou nesta terça-feira a invasão da Ucrânia pela Rússia como um ato “atroz” que está causando um enorme sofrimento. A Polônia recebeu o maior número de pessoas fugindo da guerra na Ucrânia.

"É simplesmente impossível imaginar quanta devastação essa invasão atroz causou ao povo ucraniano e ao mundo inteiro", afirmou o Patriarca Ecumênico em uma coletiva de imprensa, acrescentando que a solidariedade com os ucranianos “é a única coisa que pode vencer o mal e as trevas no mundo”.

Bartolomeu disse que era difícil encontrar palavras para descrever o sofrimento dos ucranianos que ele encontrou na Polônia e se referiu às Escrituras, citando o profeta Jeremias: “Se minha cabeça fosse uma fonte de água, e se meus olhos fossem uma fonte de lágrimas, eu choraria dia e noite pela morte do meu povo”.

Nesta terça-feira, o Patriarca Ortodoxo de Constantinopla se encontrou com refugiados ucranianos em Varsóvi, para mostrar sua solidariedade e denunciar a agressão russa contra seu país.

Já durante um discurso na Universidade Católica Stefan Wyszynski, ele classificou como "inimaginável" a destruição causada "por esta horrível invasão, na nação ucraniana e em todo o mundo".

Chegado à Polônia a convite do presidente Andrzej Duda, com quem se encontrou na segunda-feira, ele havia denunciado no mesmo dia a guerra na Ucrânia "injusta" e "infundada".

"Se alguma guerra merece condenação, uma guerra entre ortodoxos é absolutamente inaceitável", disse o líder religioso de 82 anos que foi a uma igreja ortodoxa em Varsóvia para rezar pela paz, antes de deplorar "a crise de unidade" que atravessa cristãos ortodoxos.

As Igrejas ortodoxas nacionais são autocéfalas, mas o Patriarca Ecumênico de Constantinopla é reconhecido como sua autoridade espiritual em escala global.

O Patriarca Ecumênico também se encontrou com o arcebispo Stanisław Gądecki, presidente da Conferência Episcopal Polonesa, que foi ainda mais longe em sua denúncia das ações russas que, segundo ele, carregam “as marcas do genocídio”.

Ao contrário de Bartolomeu, Gądecki menciona a Rússia pelo nome. Dom Gądecki disse que a invasão da Rússia resultou na morte de "milhares de pessoas inocentes", incluindo "centenas de crianças, idosos, mulheres e homens que não tiveram nada a ver com as hostilidades". “Muitas das ações do agressor carregam as marcas do genocídio”, afirmou Dom Gądecki.

O líder da Igreja Católica na Polônia no início deste mês havia pedido ao Patriarca Kirill que usasse sua influência com o presidente russo, Vladimir Putin, para exigir o fim da guerra e que os soldados russos se retirassem.

Bartolomeu, com sede em Istambul, é considerado o "primus inter pares" entre os patriarcas ortodoxos. A população da Ucrânia é principalmente cristã ortodoxa, dividida entre uma Igreja independente com sede em Kiev e outra leal a Kirill em Moscou.

Kirill e a Igreja Ortodoxa Russa cortaram relações com Bartolomeu depois que o Patriarca Ecumênico reconheceu a Igreja Ortodoxa da Ucrânia como independente do Patriarca de Moscou em 2019.

O Patriarca Ortodoxo de Constantinopla Bartolomeu se encontrou com refugiados ucranianos em Varsóvia na terça-feira para mostrar sua solidariedade e denunciar a agressão russa contra seu país.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui

29 março 2022, 15:39