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Fogo continua a devorar florestas, casas e vidas em vários países

Os incêndios, junto com as inundações e os deslizamentos de terra, continuam a ser uma das emergências mais graves nestes meses de julho e agosto de 2021. Na origem dos incêndios, as altas temperaturas, a seca, mas também a mão do homem que, voluntária ou negligentemente, não se esforça em proteger o meio ambiente.

Giancarlo La Vella - Cidade do Vaticano

Itália, França, Espanha, Grécia, Turquia, Argélia, Marrocos são os países mediterrâneos que lutam há dias contra as chamas que destroem florestas, cidades e infelizmente também causam vítimas. Mas também na Rússia - onde o incêndio na Sibéria é considerado um dos maiores em todos os tempos – e nos Estados Unidos.

Os incêndios alastram-se por todo o lado, também ajudados pelos fortes ventos, e há um trabalho incessante de bombeiros e voluntários que, no terreno ou por meio de helicópteros e do Canadair, procuram limitar a ação do fogo. Sim, porque a verdadeira intervenção que é colocada em prática, além daquela de extinguir os maiores incêndios, é evitar que as chamas se alastrem. Na prática, o fogo pode destruir áreas limitadas até a extinção natural, isolando-as do restante do território.

 

Na região do Mediterrâneo, o triste recorde vai para a Itália. As chamas irrompem principalmente no sul e nas ilhas. Só nas últimas horas, pelo menos 40 intervenções foram solicitadas à Proteção Civil e, além disso, a cada dia, infelizmente, o número de vítimas deve ser atualizado.

A vítima mais recente é na Calábria. Um senhor de 78 anos que morreu nas chamas enquanto tentava apagar o fogo que ameaçava sua terra. O mesmo cenário na França, onde uma pessoa morreu pelas chamas que assolam o interior de Saint-Tropez, na Riviera Francesa, desde segunda-feira. Dez mil pessoas forçadas a deixar suas residências.

A Espanha também sofre. Nas proximidades de Ávila, 22.000 hectares de floresta estão queimando há dias. Situação preocupante também nas Ilhas Canárias.

Na Grécia, novos focos também atingem a capital Atenas. Para a Turquia, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que ficou triste ao saber da perda de vidas e dos danos à infraestrutura devido às inundações, deslizamentos de terra e incêndios devastadores no norte do país. “As Nações Unidas - disse um porta-voz da ONU em uma mensagem - são solidárias com o povo e com o governo turco neste momento difícil”.

 

A Califórnia em chamas

 

Um pouco mais distante, a Califórnia também está passando por um período de sérias dificuldades devido aos incêndios. Depois do Dixie Fire, que devastou grande parte de Greenville, no norte dos Estados Unidos, chegou o Caldor Fire, que mais ao sul destruiu pelo menos 50 casas e devastou a pequena cidade de Grizzly Flats.

Centenas de pessoas tiveram que abandonar suas casas por motivos de segurança. Situação que obrigou as autoridades a declarar estado de emergência. Vastas áreas arborizadas que se transformaram em cinzas. Não obstante o uso de viaturas e pessoal para tentar conter a frente de incêndio, as chamas avançam e grande parte da população está em estado de alerta e pronta para evacuar as áreas de maior risco.

Os incêndios, em grande parte, foram alimentados pelas altas temperaturas, ventos fortes e clima extremamente seco. A mudança climática tornou o oeste dos Estados Unidos mais quente e seco nos últimos 30 anos e continuará a tornar o clima mais extremo e os incêndios mais destrutivos, de acordo com os cientistas.

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18 agosto 2021, 16:21