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Protesto em Chinatown contra o ódio em relação à comunidade asiático-americana Protesto em Chinatown contra o ódio em relação à comunidade asiático-americana 

EUA: bispos condenam ataques contra comunidade asiática e exortam à solidariedade

"Como bispos, deploramos qualquer tipo de ódio e violência, especialmente se baseados na raça, etnia ou sexo", dizem os bispos estadunidenses em uma nota, onde expressam profunda pesar pelos ataques que mataram oito pessoas

Vatican News

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Palavras de forte condenação, juntamente com um apelo à solidariedade, foram lançadas pela Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB) após os recentes ataques no país contra a comunidade asiática.

Na noite de 17 de março, de fato, em Atlanta, Geórgia, ataques contra três centros de bem-estar administrados por asiáticos deixaram um saldo de oito vítimas fatais. A polícia prendeu um jovem de 21 anos. Na motivação da violência, o ódio contra pessoas oriundas de um continente que se acredita ser o responsável pela pandemia da Covid-19.

Em declaração assinada pelo presidente do Subcomitê de Assuntos Asiáticos e Ilhas do Pacífico da USCCB, Dom Oscar A. Solis, os prelados condenam "a cultura da morte, o ódio e a violência que está por trás desses incidentes" e convidam à "solidariedade para com os mais vulneráveis ​​".

“Estou profundamente entristecido - escreve Dom Solis - ao saber dos ataques que tragicamente mataram oito pessoas e renovo a minha preocupação pelo aumento da hostilidade contra as pessoas de origem asiática”. “Como bispos - continua a nota - deploramos qualquer tipo de ódio e violência, especialmente se baseados na raça, etnia ou sexo."

Em oração pelas vítimas e suas famílias, que "podem estar se sentindo inseguras e vulneráveis ​​neste momento”, a USCCB observa como esses últimos episódios têm "estimulado o diálogo nacional sobre como enfrentar o preconceito anti-asiático que assumiu a forma, no último ano, de violência física, agressões verbais e destruição de bens, deixando traumatizadas comunidades de todo o país”.

Os bispos estadunidenses também exortam a apoiar as pessoas mais vulneráveis ​​e indefesas. “Devemos sempre enfatizar - diz a declaração - que cada ser humano é um irmão ou uma irmã em Cristo, criado à imagem e semelhança de um Deus amoroso”.

Em particular no tempo da Quaresma, a USCCB convida a recordar "o amor e a misericórdia de Deus por cada um de nós", ao mesmo tempo que renova "o apelo à conversão do coração, para que possamos estar mais unidos ao amor do Senhor por cada um de nós e compartilhá-lo com o nosso próximo”.

Por fim, a nota episcopal recorda que, já em maio de 2020, com o aumento dos episódios de racismo e xenofobia contra estadunidenses de origem asiática, a Igreja Católica dos Estados Unidos havia emitido uma declaração em que exortava à unidade, à solidariedade, à gentileza e ao amor recíproco, a fim de sair da emergência sanitária como “um único povo, capaz de valorizar cada vida humana, independentemente da raça, etnia, sexo ou religião”.

Vatican News Service - IP

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23 março 2021, 11:54