Bangladesh: o apoio da Caritas a 3.500 refugiados que ficaram sem casa após incêndio

As chamas, sem origem conhecida até agora, devastaram o campo de refugiados do grupo étnico Rohingya na cidade portuária de Cox’s Bazar na quinta-feira (14). Não há mortos, mas 500 casas foram destruídas, deixando 3.500 pessoas sem um teto. A Caritas, junto às autoridades e associações de beneficência, estão no local para ajudar os desabrigados.

Andressa Collet - Vatican News

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Um incêndio de grandes dimensões devastou o campo de refugiados do grupo étnico Rohingya de Nayapara, na cidade portuária de Cox’s Bazar, na última quinta-feira (14). As chamas, sem origem conhecida até agora, destruíram mais de 500 casas, deixando cerca de 3.500 pessoas desabrigadas. Segundo informações da agência de notícias UCA News, não há mortos, mas muitos se feriram antes que o incêndio fosse controlado.

O apoio da Caritas

A Caritas, junto às autoridades estatais e instituições de caridade, já estão dando o apoio necessário a milhares de pessoas que ficaram desabrigadas. As cerca de 3.500 pessoas foram levadas a centros educacionais para crianças, onde receberam comida, roupas e remédios. Um funcionário da Caritas local, Inmanuel Chayan Biswas, disse que a organização católica fará de tudo para ajudar a reconstruir as casas dos refugiados.

Ele explicou ainda que "o fogo foi muito grande, mas com o esforço de todos foi rapidamente controlado. Infelizmente, todos os pertences pessoais dos pobres desapareceram", e, agora, "o governo e as ONGs estão trabalhando juntos para reconstruir as casas". O funcionário da Caritas acrescentou que pelo menos 400 residências foram queimadas em incêndios no ano passado, e por isso a Caritas e outras ONGs estão trabalhando em programas de conscientização para que os Rohingya possam se proteger de incêndios.

A cidade que abriga o campo de refugiados acolhe, desde 2017, mais de 1 milhão de muçulmanos do grupo étnico que fugiram de uma campanha de repressão militar no Estado de Rakhine, em Mianmar. Embora Bangladesh e Mianmar tenham concordado em 2018 em começar a repatriar centenas de milhares de Rohingya, nenhum deles ainda retornou a Mianmar, já que faltam condições de segurança.

Vatican News Service – AP

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15 janeiro 2021, 14:55