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Dia Mundial da Criança: a ameaça da pandemia no presente e futuro

O Papa Francisco escreveu em seu tuíter uma importante mensagem para a proteção de todas as crianças. Neste dia, o UNICEF recorda das consequências da pandemia para as crianças com um relatório intitulado "Evitando uma geração perdida por causa da Covid", publicado para esta ocasião

Vatican News

Na manhã desta sexta-feira (20), Dia Mundial da Criança e do Adolescente convocado pelo UNICEF, a agência da ONU para a Infância, o Papa Francisco, escreveu na sua conta no tuíter:

“Toda criança precisa ser acolhida e defendida, ajudada e protegida desde o ventre materno”

A importância desse apelo é explicada pela situação dos menores e adolescentes em todo o mundo, que piorou com a pandemia. Os dados do Unicef mostram não apenas que as crianças podem adoecer e espalhar a doença, mas também que a propagação da Covid-19 a longo prazo terá um forte impacto na educação, nutrição e bem-estar de crianças e adolescentes e poderá afetar a vida futura de toda uma geração. Enquanto o mundo tenta vencer a batalha contra o vírus, os serviços básicos estão sendo interrompidos e os índices de pobreza estão aumentando, o que está afetando significativamente o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

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Relatório catastrófico

O relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância que este ano tem como título: “Evitando uma geração perdida pela Covid", aponta que dos 25,7 milhões de casos relatados, 1 em cada 9 é uma criança ou adolescente com menos de 20 anos de idade; 33% dos estudantes matriculados no mundo inteiro foram afetados pelo fechamento de escolas em 30 países. Mas o número mais alarmante segundo estimativa do Unicef é que dentro de um ano o número de crianças mortas poderá aumentar em 2 milhões devido à interrupção dos serviços de saúde e pelo aumento da desnutrição; no entanto, em 2020, outras 6-7 milhões de crianças com menos de 5 anos poderão sofrer de desnutrição aguda, o que poderá aumentar a mortalidade infantil especialmente na África subsaariana e no Sul da Ásia. Além disso, devido à pandemia, aumentou em 15% - ou seja, 150 milhões - o número de crianças na pobreza multidimensional, ou seja, sem acesso à educação, saúde, moradia, nutrição, saneamento ou água.

Agir agora

O Unicef afirma que é preciso agir agora. Para a chefe da agência, Henrietta Fore, os governos têm que priorizar as crianças mais marginalizadas e as famílias com uma expansão rápida de sistemas de proteção social incluindo transferência de dinheiro, benefícios para a criança, oportunidades de ensino a distância, serviços de saúde e merenda escolar. A agência da ONU defende que fazer esses investimentos agora poderá ajudar os países a se preparem para choques no futuro.

Redobrar os esforços

Enquanto que Andrea Iacomini, porta-voz do UNICEF na Itália, sugere: "Em resposta a esta crise pedimos aos governos e parceiros que assegurem que todas as crianças possam buscar garantia e acesso a serviços nutricionais e de saúde. Ou seja, tornar as vacinas acessíveis, apoiar a saúde mental das crianças, proporcionar-lhes educação e procurar superar a divisão digital, aumentar o acesso à água potável, procurar reverter o aumento da pobreza infantil, assegurar uma recuperação inclusiva para todos e redobrar os esforços para apoiar as crianças em áreas de conflito, desastre e deslocamento. Na verdade, pedimos cada vez mais aos governos e parceiros e ao setor privado para que os escutem e priorizem o que as crianças têm a nos dizer. 

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20 novembro 2020, 11:29