O Dia Internacional dos Povos Indígenas foi celebrado no domingo, 9 de agosto O Dia Internacional dos Povos Indígenas foi celebrado no domingo, 9 de agosto 

CMI ao lado dos povos indígenas ainda hoje excluídos e oprimidos

O rev. Sauca evidencia que os povos indígenas nos lembram “a importância de estarmos espiritualmente ligados ao nosso Criador, à Criação e uns aos outros” e destaca como é importante, nesse sentido, buscar soluções únicas para a pandemia da Covid-19 e preparar o caminho para uma vida sustentável na era pós-Covid.

Vatican News

“Honramos a resiliência das numerosas comunidades indígenas do mundo, que não obstante as dificuldades consideráveis que enfrentam na atual pandemia, continuam nos falando profeticamente.”

Foi o que disse o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), rev. Ioan Sauca, a propósito do “Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo”, convocado pela ONU em 1994, celebrado neste domingo (09/08).

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O rev. Sauca evidencia que os povos indígenas nos lembram “a importância de estarmos espiritualmente ligados ao nosso Criador, à Criação e uns aos outros” e destaca como é importante, nesse sentido, buscar soluções únicas para a pandemia da Covid-19 e preparar o caminho para uma vida sustentável na era pós-Covid. “A experiência dos povos indígenas, tanto na sociedade quanto na vida das Igrejas”, lembra o secretário-geral interino do CMI, “ainda é uma história de contínua exclusão e opressão”.

O prof. Sauca ressalta que a pandemia exacerbou as desigualdades e as vulnerabilidades existentes e algumas comunidades ainda não têm acesso adequado à água potável. Para aquelas com sistemas de saúde, serviços financeiros e sociais vulneráveis, o coronavírus tornou ainda mais difícil a possibilidade de utilização.

A língua e a comunicação também são mais uma barreira na emergência sanitária, já que a informação sobre a pandemia ou o acesso aos serviços, geralmente não são traduzidos para as línguas nativas, e para muitas comunidades indígenas a Covid-19 não só representa uma ameaça contínua à saúde, mas também uma ameaça à sua própria sobrevivência e existência”, ressalta o comunicado. Como vítimas da pandemia são particularmente os idosos, a sua perda significa inevitavelmente uma perda de cultura, e vivendo muitas comunidades indígenas em condições de saúde precárias, o risco de contágio é muito elevado.

Por fim, não se deve esquecer que muitas comunidades indígenas dependem de uma economia informal, ganhando renda através do artesanato, venda de alimentos e produtos em mercados, trabalho sazonal e turismo. O bloqueio mundial causado pela Covid-19 significou uma perda de renda e meios de subsistência e em alguns países os governos estão aproveitando a pandemia para explorar e oprimir ainda mais as comunidades indígenas.

O compromisso do CMI a favor dos povos indígenas quer restituir a dignidade à vida indígena para que sua realidade seja respeitada.

Vatican News Service - TC/MJ

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10 agosto 2020, 14:01