Pietro da Cortona, São Filipe Neri cura o Papa Clemente VIII da gota (1640-42) Galleria degli Uffizi Pietro da Cortona, São Filipe Neri cura o Papa Clemente VIII da gota (1640-42) Galleria degli Uffizi 

Curas e milagres na arte: uma mostra virtual de grandes mestres

A vitória da fé, da esperança e da beleza da arte sobre o sofrimento, o mal e a doença. É o que conta a nova mostra virtual proposta pela Galleria degli Uffizi de Florença, com o tema: “Curas milagrosas. Doenças e intervenção divina. A arte interpreta o milagre em obras do século XIV ao século XX”

Paolo Ondarza – Vatican News

A Galleria degli Uffici de Florença, um dos mais importantes museus do mundo, organizou uma mostra virtual com 15 obras de grandes mestres com o tema “Curas milagrosa. Doenças e intervenção divina”. A arte interpreta o milagre em obras do século XIV ao século XX. A proposta online conta com obras primas de Fra Angelico, Sandro Botticelli, Pietro da Cortona e Rembrandt para citar alguns.

O milagre da cura é o fio condutor que liga as obras-primas selecionadas porque a intenção, explica o diretor do Museu, Eike Schmidt, é a de lançar "uma forte mensagem de apoio às muitas pessoas que ainda estão em perigo e àqueles que passaram por tempos terríveis durante a pandemia. A experiência da doença faz parte da condição humana e a cura nos lembra as muitas razões pelas quais vale a pena viver: é o milagre inexplicável que nos enche de esperança e nos lembra que devemos ser gratos por tudo o que a existência nos reserva”.

Escola de Rafael, Cura de um cego de nascença, início do século XVI. Setor de desenhos e gravuras da Galleria degli Uffizi
Escola de Rafael, Cura de um cego de nascença, início do século XVI. Setor de desenhos e gravuras da Galleria degli Uffizi

O percurso da mostra online abre-se com Pietro Lorenzetti com “O milagre da Abençoada Humildade” no políptico da Galeria pintado em 1335 onde está representada a recuperação da perna de um monge que tinha recusado a amputação. A ação lembra a que foi pintada por Fra Angélico na parte do retábulo de São Marcos com o milagre realizado pelos santos médicos Cosme e Damião. Estes últimos, protetores espirituais dos senhores de Florença, também aparecem no retábulo de Santo Ambrósio, obra-prima do jovem Botticelli. Há também um desenho atribuído à escola de Rafael com "A Cura do Cego de nascimento".

Sodoma, Estandarte de São Sebastião, 1525, a óleo, Galleria degli Uffizi
Sodoma, Estandarte de São Sebastião, 1525, a óleo, Galleria degli Uffizi

Prossegue-se com a representação de uma gravura de Rembrandt, de Cristo que cura os doentes e com um quadro de Laurent de La Hyre que representa “São Pedro que cura os enfermos com a sua sombra”.

A viagem virtual se conclui com São Sebastião pintado em plena Segunda Guerra Mundial por Giovanni Colacicchi: A beleza do corpo do mártir é um símbolo da inviolabilidade da fé, da beleza e do espírito por parte do mal.

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12 junho 2020, 13:16