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No Rio de Janeiro, desempregados em filas pra receber auxílio emergencial no fim de abril No Rio de Janeiro, desempregados em filas pra receber auxílio emergencial no fim de abril 

Emergência social: Papa compreende preocupação dos desempregados

O presidente nacional das Associações Cristãs dos Trabalhadores Italianos (Acli), Roberto Rossini, comenta a oração do Papa dirigida aos desempregados neste tempo de pandemia: com o enfraquecimento da emergência sanitária no país, a preocupação é com aquela social. “No futuro, devemos ter maior atenção às condições dos trabalhadores”, afirma ele.

Michele Raviart, Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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Aqueles que perderam o emprego ou mesmo que têm trabalho irregular foram lembrados pelo Papa Francisco nas intenções da missa desta segunda-feira (11), na Casa Santa Marta. A oração do Pontífice faz parte da ampla questão da segurança do trabalho e da retomada econômica.

O presidente nacional das Associações Cristãs dos Trabalhadores Italianos (Acli), Roberto Rossini, em entrevista ao Vatican News, comentou sobre o olhar de Francisco aos desempregados:

“O Papa tem uma intuição extraordinária e compreende exatamente as preocupações que todos temos em relação à emergência social: se está enfraquecendo a emergência sanitária e se reforçando aquela social.”

Ainda segundo o Rossini, as autoridades em geral estão procurando fazer a sua parte para enfrentar o problema, “procurando intervir sobre o tema do trabalho e da pobreza. As administrações municipais estão se movimentando através de bônus para comida e para os serviços sociais, além da grande capacidade de envolver o terceiro setor que tem colaborado de maneira extraordinária”.

Maior atenção aos trabalhadores no futuro

Independentemente de ser católicos, acrescenta o presidente, o problema de empreendedores e funcionários atualmente diz respeito ao tema único do “trabalho”. E Rossini afirma: “é claro que no futuro deverá existir uma atenção maior e um controle maior das condições de trabalho, basta pensar às condições sanitárias. Acredito que essa possa se revelar uma estrada positiva para melhorar as condições de trabalho e torná-las mais dignas também nos contextos onde, às vezes, não são. Aqui, certamente se coloca o tema da família porque a eletrônica e o smartworking poderiam abrir espaços interessantes para a conciliação entre trabalho e família”.

Por uma economia mais sustentável

Questionado sobre o que seria necessário para repartir, o presidente das Associações Católicas fala da importância do tema da “recuperação” desse cenário. Além disso, sugere trabalhar em termos de “taxas, deslocamentos administrativos, prazos, etc. É preciso entender se existem instrumentos para poder acionar um plano de recuperação dirigida a uma economia mais ‘verde’, mais sustentável. Por isso acredito que, talvez, é necessário ainda esperar o decreto para conseguir entender se irão pegar essa estrada”.

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12 maio 2020, 15:24