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Navio hospital ancorado no porto de Nova York Navio hospital ancorado no porto de Nova York 

EUA: o contágio da solidariedade em Nova York

“Nestes dias nasceu entre os cidadãos uma espécie de contágio da solidariedade. As pessoas se cumprimentam dizendo ‘take care’ e ‘stay healthy’ (cuide-se e fique com saúde) , testemunho de uma jornalista sobre a situação de Nova York com o Covid-19

Cidade do Vaticano

O Empire State Building está iluminado de vermelho em solidariedade aos profissionais da saúde, o navio-hospital da marinha americana aproxima-se do porto tendo a Estátua da Liberdade como fundo, o Central Park torna-se a sede de um hospital para doentes que necessitam de terapia intensiva. São os símbolos de Nova York que descrevem a emergência da cidade, a mais atingida pelo coronavírus nos Estados Unidos.

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Realidade inesperada

O número assustador de mortos pelo Covid-19, aumenta dia após dia, as pessoas perplexas com as notícias sentem-se perdidas e encontram-se diante de uma realidade inesperada. Nos Estados Unidos, a cidade de Nova York é a mais atingida, nesta quarta-feira (01/04) conta com 76.048 casos e 1.714 mortos. Seguido pelo Estado de New Jersey com 18.997 casos e 267 mortos.

A falta de indicações claras

“A situação é muito difícil, muito mesmo”, explica a jornalista Maddalena Maltese ao Vatican News. As empresas estão organizadas para o trabalho em casa, mas nem todas estão atuando. O fato de não terem recebido indicações claras e de uma só fonte do governo central, e que as declarações sejam contraditórias, não favoreceu uma tomada de posição única”.

Apelo do governador Cuomo aos profissionais da saúde

Embora o prefeito De Blasio tenha tomado algumas medidas, entre as quais evitar viagens não essenciais e fechar as lojas e comércio que não sejam indispensáveis, há muito atraso na conscientização da epidemia. Quem paga por isso são os hospitais, a ponto que o governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo lançou um apelo a médicos e enfermeiros de outros Estados, onde a situação não seja crítica, para virem a Nova York ajudarem a superar a crise.

Refeições aos necessitados

“Desde a semana passada – afirma a jornalista – a cidade organizou 400 pontos onde as pessoas podem receber duas refeições por dia, e isso certamente é de grande ajuda. “As paróquias também estão distribuindo alimentos porque é muito grande o número de desempregados e necessitados devido a grande crise social em que vive a cidade.

A mobilização da sociedade civil

De modo geral a sociedade civil de Nova York mobilizou-se para enfrentar a emergência e ajudar o próximo. “Uma boa notícia é que as indústrias têxteis estão se mobilizando para a fabricação de 10 milhões de máscaras em uma semana”. “Nascem inúmeras iniciativas de solidariedade para ajudar todos os que precisam”, a jornalista conclui dizendo que que “nestes dias nasceu entre os cidadãos uma espécie de contágio da solidariedade, que se revela nos pequenos gestos diários. As pessoas se cumprimentam dizendo ‘take care’ e ‘stay healthy’ (cuide-se e fique com saúde) que é o que mais se deseja neste momento de crise”.

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01 abril 2020, 10:59