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Apelo dos líderes religiosos: redescobrir o mundo como uma Casa comum

Com uma cerimônia e a leitura do Apelo de Paz concluiu-se ontem a noite em Madri o Encontro anual de oração “Paz sem fronteiras”, organizado pela Comunidade de Santo Egídio. Na conclusão foi anunciado que o próximo encontro internacional será realizado em Roma “no espírito de Assis”

Cidade do Vaticano

A cerimônia final do encontro dos líderes religiosos de todo o mundo em Madri foi um momento de tomar posição mais uma vez ao lado “dos mais fracos”, dos que são atingidos “pela violência e pelo desprezo por serem diversos, porque rezam e falam outra língua”.

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O encontro anual “Paz sem fronteiras – Religiões e culturas em diálogo” organizado pela Comunidade de Santo Egídio foi realizado em Madri desde domingo (15/09). Na conclusão, foi lido o “Apelo de Paz” na Praça da Catedral Almudena no qual levantou-se o grito das religiões que deram voz aos que “são deixados fora do bem-estar, como se não fossem homens e mulheres como nós”.

Futuras gerações

A grande preocupação dos líderes que redigiram o Apelo é para com as “futuras gerações” porque está sendo consumido “o único planeta de todos como se fosse só de alguns”, e também pelo reaparecimento do “culto da força e as contraposições nacionalistas, que criaram grandes destruições na história. Assim como o terrorismo que continua a atingir pessoas inermes”. Porque, este é o grande temor, “o sonho da Paz parece enfraquecido”.

Apelo aos ricos

O diálogo e a cooperação são a única resposta aos grandes problemas que não podem ser resolvidos sozinhos. O não das religiões presentes em Madri é contra o extremismo religioso, porque “quem crê em Deus descobre o mundo como casa comum, habitada pela família dos povos”. Enquanto que é claro o pedido à política, aos que são ricos, aos de boa vontade: “dar recursos para evitar que milhões de crianças morram todos os anos sem cuidados médicos e para dar educação escolar a milhões de crianças que não têm possibilidade”.

Este será “um sinal de esperança para todos”. A solidariedade de todos foi dedicada também aos “povos da Amazônia”, porque – explica Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio – “hoje a questão ecológica é um problema de todos”.

 

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18 setembro 2019, 10:03