Crianças em Idlib, Síria Crianças em Idlib, Síria 

Unicef: início de ano sangrento para crianças na Síria

“É vergonhoso que após quase sete anos de conflito, tenha continuidade uma guerra contra as crianças, enquanto o mundo apenas olha", afirma a organização em um comunicado.

Cidade do Vaticano

“Com o início do ano novo, no mundo, a maior parte dos pais estão cheios de esperança em relação ao futuro dos próprios filhos; as mães e os pais na Síria, pelo contrário, estão de luto pelas crianças que perderam a vida”, diz um comunicado do Unicef.

“É chocando que nos primeiros 14 dias do ano, mais de 30 crianças tenham sido mortas em uma escalada de violência na região oriental de Ghouta, onde se estima que 200 mil crianças estão sitiadas desde 2013.

Em Idlib, nordeste do país, fala-se de graves violências ocorridas nas últimas semanas, que resultaram na morte e no ferimentos de dezenas de crianças e mulheres e obrigando a fuga de 100 mil civis.

“É vergonhoso – diz o comunicado – que após quase sete anos de conflito, tenha continuidade uma guerra contra as crianças, enquanto o mundo apenas olha. Milhões de crianças em toda a Síria e nos países próximos sofreram as consequências devastadoras do nível de violências ininterruptas em diversas partes do país”.

O Unicef recebeu informações vindas da parte oriental de Ghouta, de que a maior parte dos centros sanitários tiveram que fechar por causa da violência.

Em algumas áreas, as clínicas móveis de emergência são o único modo para as famílias receberem assistência e cuidados médicos.

Em Idlib, o hospital materno-infantil e pediátrico de Ma’arrat Na Nu’man foi atacado três vezes,  tornando-o não operativo, e ao menos um paciente e dois médicos foram mortos.

As escolas foram fechadas também nos arredores de Ghouta, justamente no momento em que as crianças de outras cidades sírias estão fazendo exames.

Mesmo diante das dificuldades, o Unicef reitera que continuará a fornecer assistência humanitária essencial para a sobrevivência e o bem-estar mental das crianças em toda a Síria.

Para as crianças mais vulneráveis nas áreas cercadas e difíceis de serem alcançadas, a organização reiterou o propósito de buscar fazer mais.

(Com Unicef)

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16 janeiro 2018, 20:10