Busca

Visita do Papa Francisco ao Sudão do Sul se realizará de 3 a 5 de fevereiro de 2023 (Vatican Media) Visita do Papa Francisco ao Sudão do Sul se realizará de 3 a 5 de fevereiro de 2023 (Vatican Media)

Sudão do Sul: a visita do Santo Padre é uma resposta às nossas orações

O bispo de Tombura Yambio, no Sudão do Sul, dom Eduardo Hiiboro Kussala, comenta a visita ao país africano, marcada para realizar-se de 3 a 5 de fevereiro, que o Papa Francisco fará juntamente com o arcebispo de Cantuária Justin Welby, primaz da Comunhão Anglicana, e o pastor Iain Greenshields, moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia. "O fato de ser uma visita marcada pelo ecumenismo, junto com líderes de outras Igrejas, sublinha a importância de querer o Sudão do Sul unido", ressalta

Vatican News

Ouça a reportagem e compartilhe!

"O anúncio da visita do Santo Padre é uma resposta à nossa oração. Toda a população do Sudão e do Sudão do Sul está esperando que o Sucessor de Pedro venha caminhar no solo de nosso país".

O bispo de Tombura Yambio, no Sudão do Sul, dom Eduardo Hiiboro Kussala, contactado por telefone pela Fides - agência missionária do Dicastério para a Evangelização -, comentou a visita ao país africano, marcada para realizar-se de 3 a 5 de fevereiro, que o Papa Francisco fará juntamente com o arcebispo de Cantuária Justin Welby, primaz da Comunhão Anglicana, e o pastor Iain Greenshields, moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia.

O prelado destacou o significado desta peregrinação ecumênica sob a bandeira da paz. "A vinda do Papa pretende ser um momento para fortalecer nossa fé, para nos sentir como um povo guiado por seu pastor. O fato de ser uma visita marcada pelo ecumenismo, junto com líderes de outras Igrejas, sublinha a importância de querer o Sudão do Sul unido, todos os grupos étnicos, comunidades, religiões em harmonia. É um verdadeiro apelo à unidade e à coexistência".

Uma viagem apostólica para invocar e promover a paz

Dom Kussala considera esta visita "um gesto que tem, em primeiro lugar, como objetivo principal invocar e promover a paz em nossos corações, a paz entre nós, a paz para todos os povos do mundo que estão em guerra".

O "país mais jovem do mundo", que em 2011 conseguiu a independência do Sudão após meio século de batalhas, nunca conheceu a paz. De fato, desde 2013, a população tem sido devastada por uma guerra civil e étnica sem fim, apesar de um acordo de paz assinado em 2018 e jamais respeitado.

"Gostaria de contribuir para este processo de paz, não sozinho, mas fazendo uma peregrinação ecumênica junto com dois queridos irmãos, o arcebispo de Cantuária e o moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia", disse o Papa Francisco, numa declaração reportada pelo Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, em 1º deste mês de dezembro.

Rezar por todas as áreas do planeta afetadas por conflitos

"Rezaremos todos juntos pela paz no Sudão do Sul, mas também pela paz na Ucrânia e em todas as áreas do planeta afetadas por conflitos", concluiu o bispo sul-sudanês de Tombura Yambio.

Até hoje, mais de 2,3 milhões de sul-sudaneses foram forçados a fugir para os estados vizinhos, principalmente para Uganda, mas também para o Sudão e Etiópia. Mais de 2 milhões de pessoas estão deslocadas internamente no país.

A fome como tática deliberada para levar os civis a fugir

"Tanto as forças governamentais do Sudão do Sul quanto as forças rebeldes estão usando a fome como uma tática deliberada para levar os civis a fugir", lê-se numa nota publicada pela Global Rights Compliance Foundation, uma Ong especializada em direito internacional e defesa dos direitos humanos. Estima-se que mais de 8 milhões de sul-sudaneses, de um total de 11 milhões, estão enfrentando uma situação de grave insegurança alimentar.

(com Fides)

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui

09 dezembro 2022, 13:38