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Uma procissão do Domingo de Ramos passa pela mesquita Mohammed al-Amin, no centro da capital libanesa Beirute, em 10 de abril de 2022. (Foto de ANWAR AMRO / AFP) Uma procissão do Domingo de Ramos passa pela mesquita Mohammed al-Amin, no centro da capital libanesa Beirute, em 10 de abril de 2022. (Foto de ANWAR AMRO / AFP) 

Visita do Papa ao Líbano: bênção para o povo e alerta para dirigientes, diz patriarca

Na homilia da Missa do Domingo de Ramos, o cardeal Raï falou sobre a dimensão e impacto que a possível viagem do Papa teria no País dos Cedros. Ademais, destacou a importância das próximas eleições parlamentares de 15 de maio, que podem "fazer a diferença entre o presente e o futuro".

O anúncio de uma possível visita do Papa Francisco ao Líbano divulgado em 6 de abril, representa “uma bênção para o povo, uma esperança para a pátria e um sinal de alerta para os dirigientes”, afirmou o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, cardeal libanês Béchara Boutros Raï, durante a homilia da Missa do Domingo de Ramos celebrada na sede patriarcal de Bkerké.

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O Patriarca observou que esta visita "se insere no contexto do compromisso assumido pela Santa Sé de ajudar o Líbano a sair de sua profunda crise e mantê-lo dentro do sistema das nações democráticas". A este respeito, o cardeal Raï recordou as precedentes visitas pontifícias ao País dos Cedros: a breve passagem de Paulo VI em 1963 durante a sua viagem à Índia, a viagem de João Paulo II em 1997 e a de Bento XVI em 2012.

 

Também o atual Bispo de Roma – continuou o Patriarca maronita – “quer que o Líbano goze de uma boa condição por parte de uma classe política que coloque o interesse público acima de tudo”.

Durante sua homilia, o Patriarca comparou o anúncio da visita papal ao Líbano com duas outras boas notícias recentes sobre o Líbano: o acordo preliminar alcançado pela liderança libanesa com os especialistas do Fundo Monetário Internacional para enfrentar a devastadora crise econômica em que mergulhou o país, e o retorno a Beirute dos embaixadores da Arábia Saudita e Kuwait, que em 2021 haviam sido retirados por seus respectivos governos em uma fase de tensões diplomáticas entre o Líbano e os Países do Golfo.

Referindo-se a esses países, o Patriarca sublinhou que "o Líbano é seu fiel amigo, e dezenas de milhares de libaneses trabalham lá, e contribuem para o seu crescimento e prosperidade com a sua experiência, desempenho e competência".

Em relação às próximas eleições parlamentares libanesas, marcadas para 15 de maio, o Patriarca destacou que o evento eleitoral é uma ocasião propícia para "fazer a diferença entre o presente e o futuro", e isso será possível se das eleições sair um Parlamento "que realize o sonho de mudança e a vontade do povo". Para isso - sublinhou o cardeal Raï - todos os libaneses devem exercer seu direito de voto, tendo em mente que a participação nas eleições parlamentares hoje mais do que nunca representa "uma responsabilidade nacional, em circunstâncias que exigem a renovação da vida e da classe política".

*Com Agência Fides

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11 abril 2022, 10:27