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Moradores ajudam idosa na cidade de Irpin, região de Kiev (EPA/ROMAN PILIPEY) Moradores ajudam idosa na cidade de Irpin, região de Kiev (EPA/ROMAN PILIPEY) 

Ucrânia: Conselho de Igrejas e Organizações Religiosas denuncia bombardeio de alvos civis

O organismo que compreende 95% da comunidade religiosa da Ucrânia - composta por representantes das Igrejas ortodoxas, católicas, comunidades protestantes, organizações religiosas judaicas e muçulmanas - denunciou o bombardeio de alvos civis pela Rússia: bairros residenciais, escolas, jardins de infância, maternidades, hospitais e infraestruturas críticas essenciais para a vida civil, usando bombas de fragmentação e implosão proibidas e pede zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.

Vatican News

Na terça-feira, 8 de março, o Conselho de Igrejas e Organizações Religiosas da Ucrânia - que compreende 95% da comunidade religiosa da Ucrânia, composta por representantes das Igrejas ortodoxas, católicas, comunidades protestantes, organizações religiosas judaicas e muçulmanas – divulgou um comunicado onde denuncia a violação das normais humanitárias internacionais por parte do invasor russo:

“Desde o início da massiva invasão militar russa do território soberano da Ucrânia pela Rússia, testemunhamos como os invasores russos recorrem aos métodos de guerra mais cínicos e proibidos pelo direito humanitário internacional.

De fato, a Rússia está travando uma guerra contra a população civil ucraniana: lança intencionalmente mísseis balísticos, inclusive do território da Belarus, e usando aviação militar bombardeia bairros residenciais, escolas, jardins de infância, maternidades, hospitais e infraestruturas críticas essenciais para a vida civil, usando bombas de fragmentação e implosão proibidas.

Exemplos flagrantes de crueldade injustificada e de agressão desenfreada por parte dos invasores russos são os bombardeios de corredores humanitários, ônibus para a evacuação de pessoas e até ambulâncias.

A atitude de desprezo da liderança russa para com a vida humana, que vemos em relação aos soldados russos lançados no horror da guerra de agressão, se manifesta agora em relação à população civil ucraniana, forçada a fugir dos mísseis e dos ocupantes russos, rumo às regiões mais seguras de nossa país e da vizinha União Europeia.

Além disso, o ataque militar russo à Ucrânia é acompanhado não apenas por incêndios e bombardeios de infraestruturas e casas de civis, mas também de locais de culto. Por exemplo, no povoado de Vyazivka, região de Zhytomyr, invasores russos destruíram a Igreja da Natividade da Santíssima Virgem, construída em 1862.

Após o bombardeio russo no centro de Kharkiv em 2 de março, foi danificada a Catedral da Dormição da Igreja Ortodoxa. Em 7 de março, bombas russas atingiram a Igreja evangélica Nova Vida na cidade de Izyum, região de Kharkiv, e o prédio da igreja ficou completamente destruído. Após os bombardeios, uma igreja ortodoxa na vila de Zavorychi, distrito de Brovary, região de Kiev, pegou fogo.

De várias frentes da invasão russa, chegam relatos de bombardeios de igrejas, incluindo aquelas nas quais refugiados buscam abrigo. O risco do ataque também em relação ao maior santuário espiritual, a Catedral de Santa Sofia, em Kiev.

Considerando o acima exposto, o Conselho Pan-ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas reitera seu apelo à OTAN como parceira de segurança da Ucrânia, às Nações Unidas, à União Europeia, à OSCE e ao Conselho da Europa, para que tome medidas urgentes para estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia e para fornecer às Forças Armadas da Ucrânia modernos equipamentos de defesa antiaérea, incluindo caças, para defender dos bombardeios bárbaros dos invasores russos nosso recurso mais precioso, as vidas humanas, e a infraestrutura civil."

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09 março 2022, 14:36