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Nagorno-Karabakh, cenário do último conflito armado em setembro de 2020 entre a Armênia e o Azerbaijão (AFP) Nagorno-Karabakh, cenário do último conflito armado em setembro de 2020 entre a Armênia e o Azerbaijão (AFP)

Ajuda à Igreja que Sofre: apoio a cristãos armênios que fogem de guerra esquecida

O cessar-fogo negociado em novembro de 2020 não foi suficiente para evitar inúmeros crimes de guerra no conflito armado entre a Armênia e o Azerbaijão, com mais de 4 mil soldados armênios caídos e cerca de 90 mil refugiados, dos quais apenas 25 mil puderam retornar para suas casas. A intervenção da Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre tem se tornado cada vez mais urgente, pois as ajudas do Estado não estão mais disponíveis e muitas organizações caritativas deixaram o território

Vatican News

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Projetos para ajudar a comunidade cristã armênia: dois projetos foram lançados pela Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que está agora colocando em prática a visita de uma delegação que em outubro de 2021 recebeu in loco as informações necessárias para ajudar os refugiados do Nagorno-Karabakh, uma pequena região montanhosa no Cáucaso habitada prevalentemente por armênios, que se tornou um enclave disputado e o cenário do último conflito armado que começou em setembro de 2020 entre a Armênia (94,4% cristã) e o Azerbaijão (96,2% muçulmana).

O triste legado do esfacelamento da ex-URSS foi progressivamente sobreposto pelos interesses das três potências regionais: Rússia, Turquia e Irã. No decorrer do conflito, locais do patrimônio cultural e religioso tornaram-se alvos privilegiados, em primeiro lugar a Catedral de Shusha, um importante monumento histórico e religioso, duas vezes atingido pelo fogo de artilharia.

O cessar-fogo negociado em novembro de 2020 não foi suficiente para evitar inúmeros crimes de guerra, mais de 4 mil soldados armênios caídos e cerca de 90 mil refugiados, dos quais apenas 25 mil puderam retornar para suas casas.

Intervenção da Fundação pontifícia cada vez mais urgente

A intervenção da Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre tem se tornado cada vez mais urgente, pois as ajudas do Estado não estão mais disponíveis e muitas organizações caritativas deixaram o território.

Por estas razões, a Fundação pontifícia está se dirigindo aos benfeitores e a toda a comunidade católica italiana para levantar os fundos necessários a fim de ajudar os refugiados cristãos em Goris.

A cidade está localizada perto das fronteiras do Nagorno-Karabakh e é aí que a Ajuda à Igreja que Sofre quer ajudar 150 famílias cristãs durante 15 meses, primeiramente assegurando comida e garantindo um alojamento e, em segundo lugar, facilitando a correspondência entre a oferta e a demanda de trabalho, a fim de tornar as famílias autossuficientes no menor tempo possível.

AIS quer também apoiar a formação dos seminaristas

A Ajuda à Igreja que Sofre na Armênia também quer apoiar a formação dos seminaristas. O projeto proposto à comunidade italiana será realizado em parceria com o Ordinariato da Igreja católica armênia.

Como lembra o diretor de AIS Itália, Alessandro Monteduro, "o Papa Francisco, durante sua viagem apostólica à Armênia, afirmou que hoje os cristãos em alguns lugares são discriminados e perseguidos pelo simples fato de professar sua fé".

"Naquela ocasião, o Pontífice acrescentou que o povo armênio está entre aqueles que passaram por sofrimento, dor e perseguição. É a este povo que os futuros sacerdotes, com o apoio dos benfeitores de AIS, deverão servir".

(com Sir)

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22 fevereiro 2022, 14:38