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O Líbano "é uma mensagem de liberdade e um exemplo de pluralismo para o Oriente como para o Ocidente", escreveu João paulo II em 1997 O Líbano "é uma mensagem de liberdade e um exemplo de pluralismo para o Oriente como para o Ocidente", escreveu João paulo II em 1997 

Em São João Paulo II, a busca de uma luz para sair da crise no Líbano

Na Exortação Apostólica pós-sinodal de João Paulo II "Uma nova esperança para o Líbano", de 1997, os líderes das comunidades católicas locais continuam procurando uma bússola que os guie no confuso e perturbador presente.
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“Papa João Paulo II e Líbano como mensagem”. Este é o título do Simpósio de três dias programado para se realizar na Universidade do Espírito Santo de Kaslik (USEK), Líbano, com início em 2 de fevereiro.

Na sessão inaugural do Simpósio estão previstos os discursos do abade Neemtallah Hachem, superior geral da Ordem Maronita Libanesa, de Farid el Khazen, embaixador do Líbano junto à Santa Sé, e do arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado do Vaticano.

 

Todo o Simpósio aborda a questão do Líbano a partir da relação entre o Pontificado de João Paulo II e o País dos Cedros, com atenção voltada sobretudo para a Exortação Apostólica pós-sinodal "Uma nova esperança para o Líbano", assinada pelo Papa Wojtyla em Beirute, em 10 de maio de 1997, por ocasião de sua visita apostólica ao Líbano.

Em 2022, completam-se 25 anos desde a publicação desse texto-chave. Na confusão e incerteza que envolve o presente, num país esgotado pela paralisia institucional e pela crise econômica, os patriarcas e bispos da Igreja Católica procuram pontos de referência no passado, e  assim quiseram destacar o aniversário comemorativo daquele documento, nascido em um tempo de esperança, quando no Líbano uma fase de renascimento parecia estar ocorrendo de forma estável, após os anos ferozes da guerra civil.

O "Líbano" escreveu João Paulo II aos bispos católicos libaneses em 7 de setembro de 1989, quando o conflito fratricida ainda estava em curso "é algo mais do que um país: é uma mensagem de liberdade e um exemplo de pluralismo para o Oriente como para o Ocidente".

Mesmo nessa carta e nessa mesma fórmula do passado, que tanto impressionou os libaneses e também ecoa no título do Simpósio, os líderes das comunidades católicas locais continuam procurando uma bússola que os guie no confuso e perturbador presente.

Os numerosos oradores, muitos dos quais, por motivos pessoais, guardam também memórias pessoais do trágico período da guerra civil, articularão as suas intervenções em quatro sessões, focando a atenção no percurso histórico da nação libanesa e também na peculiaridade das relações islâmico-cristãs no País dos Cedros.

Na quarta e última sessão, tentar-se-á vincular a fórmula Wojtyliana do "Líbano-Mensagem" às sugestões e perspectivas inspiradas no Documento sobre a Fraternidade Humana, assinado em Abu Dhabi em 4 de fevereiro de 2019 pelo Papa Francisco e o sunita Xeque Ahmed al Tayyeb, Grão Imame de Al Azhar.

A Universidade do Espírito Santo, sede e órgão patrocinador do Simpósio, Ateneu da Ordem Maronita Libanesa, é um local histórico da identidade maronita, também do ponto de vista dos estudos teológicos. Kaslik está localizada perto da sede do Patriarca Maronita e, durante os anos da guerra civil, também se tornou uma base de defesa militar no Líbano, dilacerado por confrontos sectários.

*Com Agência Fides

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30 janeiro 2022, 09:15