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“A segurança inadequada, a pobreza, a falta de uma cultura de paz são fatores que favorecem a violência”, diz o bispo de Tombura-Yambio “A segurança inadequada, a pobreza, a falta de uma cultura de paz são fatores que favorecem a violência”, diz o bispo de Tombura-Yambio 

Chega de mensagens de ódio nas redes sociais, pede bispo do Sudão do Sul

“Vivemos em um clima de insegurança que produziu resultados desastrosos como grandes perdas de vidas inocentes, destruição de propriedades, deslocamento, conflitos, fome e sofrimentos de todos os tipos”, disse o arcebispo Kussala. “Não podemos mais suportar esta situação, vamos ver o que podemos fazer para acabar com a violência”.

“Nas redes sociais há muitas mensagens que incitam ao ódio”, denuncia Dom Eduardo Hiiboro Kussala, bispo de Tombura-Yambio, Sudão do Sul, em uma nota enviada à Agência Fides, na qual estigmatiza o uso de meios modernos de comunicação de massa para perpetuar o clima de ódio e violência que assola a região há anos.

“Vivemos em um clima de insegurança que produziu resultados desastrosos como grandes perdas de vidas inocentes, destruição de propriedades, deslocamento, conflitos, fome e sofrimentos de todos os tipos”, disse o arcebispo Kussala. “Não podemos mais suportar esta situação, vamos ver o que podemos fazer para acabar com a violência”.

Uma das primeiras coisas a fazer, segundo o bispo de Tombura-Yambio, é parar as mensagens que incitam ao ódio que circulam constantemente nas redes sociais e em aplicativos.

“Nas plataformas sociais, lemos um grande número de mensagens de discurso de ódio, em que os sudaneses do sul se insultam e o mundo nos vê como um grupo de inimigos. Essa mentalidade é contra a unidade e inimiga da coexistência”.

“A segurança inadequada, a pobreza, a falta de uma cultura de paz são fatores que favorecem a violência”, continua o bispo, que apela a todos os líderes religiosos para que continuem a promover comportamentos e práticas para acabar com a violência.

O arcebispo Kussala vê sinais de esperança no “diálogo encorajador promovido pelo Vaticano entre o governo de unidade nacional e grupos de oposição, e no desejo de repatriar os refugiados. O governo precisa do nosso apreço e apoio no difícil processo de implementação do revitalizado Acordo de Paz”, conclui o Bispo.

Em 18 de julho de 2021, a Comunidade de Sant’Egidio sediou negociações de paz entre o governo de transição revitalizado de unidade nacional do Sudão do Sul e os movimentos que não haviam assinado acordos anteriores.

*Com Agência Fides

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27 agosto 2021, 12:48