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A Igreja Católica na Coreia do Sul instituiu em 1985 uma Comissão Episcopal especial para a reconciliação A Igreja Católica na Coreia do Sul instituiu em 1985 uma Comissão Episcopal especial para a reconciliação 

No domingo, a oração ecumênica pela reunificação das duas Coreias

O “Dia de Oração” recorda o pesar dos coreanos pela “ferida da divisão”, causada por ideologias, que semearam ódio e, ainda hoje, são alimentadas por forças, também externas, que “bloqueiam os passos no caminho da paz”.

Vatican News

Domingo, 15 de agosto, será o “Dia anual de Oração ecumênica” pela reunificação das duas Coreias. O evento é promovido todos os anos pelo Conselho Nacional das Igrejas Coreanas, em comemoração pelo “Dia da Libertação da Coreia” do domínio japonês, em 1945.

Naquela ocasião, o país se dividiu em duas áreas distintas, ao longo do paralelo 38, que, mais tarde, se tornou dois Estados independentes. Tal divisão foi sancionada pelo armistício que, em 27 de julho de 1953, pôs um ponto final à sangrenta Guerra da Coreia (1950-1953), que continua sendo uma ferida aberta para todo o povo coreano.

Por isso, as Igrejas na Coreia do Sul celebram este aniversário, todos os anos, com uma “Oração especial pela paz e a reunificação das duas Coreias”.

Por sua vez, o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) une-se à celebração, convidando seus membros a traduzir o texto, em seus respectivos idiomas, e compartilhá-lo com suas comunidades.

O “Dia de Oração” recorda o pesar dos coreanos pela “ferida da divisão”, causada por ideologias, que semearam ódio e, ainda hoje, são alimentadas por forças, também externas, que “bloqueiam os passos no caminho da paz”.

Daí a invocação a Deus para ajudar os Coreanos a superar seus conflitos ideológicos "com o amor de Cristo", "derrotar as forças do mal, que bloqueiam o caminho da paz", dando às igrejas coreanas "a força e a coragem para guiar o povo rumo à paz e a reconciliação”.

A Oração se concluirá “pela intenção da paz e da reunificação da Península, não como uma opção, mas como uma meta desejada, à qual os Coreanos são chamados a chegar”. “Apesar do arame farpado da divisão nos ter dilaniado, saibamos que o nosso espírito e os nossos corações estão unidos no Senhor”.

Recordamos que a reconciliação da nação é também um tema central para a Igreja Católica na Coreia do Sul, que, em 1995, instituiu uma Comissão Episcopal especial com esta finalidade. Entre as suas numerosas iniciativas, organizadas ao longo dos anos, destacam-se as celebrações Eucarísticas, novenas e orações, entre as quais o Jubileu da Reconciliação Nacional em Chunchon, celebrado em junho de 2000; a ajuda concreta à população norte-coreana, atingida pela fome, na década de 1990, e um intenso esforço de conscientização e informação dos fiéis sobre o tema da reunificação.

Por fim, os bispos coreanos sempre defenderam a causa da reconciliação dos dois governos, sobretudo, nos momentos de maior tensão entre Seul e Pyongyang.

A “Oração pela Reconciliação e a Paz” entre as duas Coreias foi um dos principais motivos da Viagem apostólica do Papa Francisco ao país, em 2014, por ocasião da sexta Jornada Asiática da Juventude.

Vatican News Service - LZ

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11 agosto 2021, 12:01