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Mártires de Kandhamal, Índia Mártires de Kandhamal, Índia 

Índia: "Kandhamal Day" recorda os 13 anos do massacre de cristãos em Orissa

O massacre mais sangrento de cristãos ocorrido na Índia nos últimos três séculos foi uma verdadeira chacina, com assassinatos, violência, estupros e saques desencadeados, em 23 de agosto de 2008, por fundamentalistas hinduístas após o assassinato do líder hindu Swami Laxmanananda Saraswatidi, pelo qual sete cristãos inocentes foram injustamente acusados e presos.

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Treze anos se passaram, mas os cristãos do distrito de Kandhamal, no Estado indiano de Orissa, ainda esperam por justiça e continuam sofrendo as consequências do massacre mais sangrento de cristãos ocorrido na Índia nos últimos três séculos. Uma verdadeira chacina, com assassinatos, violência, estupros e saques desencadeados em 23 de agosto de 2008 por fundamentalistas hinduístas após o assassinato do líder hindu Swami Laxmanananda Saraswatidi, pelo qual sete cristãos inocentes foram injustamente acusados e presos.

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O balanço da violência, que durou até outubro, foi dramático: mais de 100 pessoas foram mortas (56, segundo números oficiais do Governo), milhares de feridos, dezenas de mulheres violentadas, molestadas e humilhadas, 395 igrejas e locais de culto destruídos, 6.500 casas destruídas e muitas escolas e estruturas danificadas e saqueadas, além dos 56 mil deslocados dos quais muitos não retornaram mais ao distrito, e vários casos de conversões forçadas ao hinduísmo.

Para recordar as vítimas, desde 2016 a Igreja em Orissa celebra o "Dia dos Mártires", em 30 de agosto, instituído pelos bispos desse Estado, em 2015, e o "Dia de Kandhamal" é celebrado em 25 de agosto, criado em 2009 pelo Fórum Nacional de Solidariedade (Nsf), rede criada em 1976 que reúne cerca de setenta organizações de direitos civis e que desde 2008 luta por justiça para as vítimas de Kandhamal.

Para a ocasião, este ano a associação instituiu um prêmio especial, o "Prêmio de Direitos Humanos Kandhamal", dedicado àqueles que lutam pelo respeito dos direitos humanos na Índia. O vencedor desta primeira edição, relata o jornal on-line "Matters of India", é a "União dos Povos pelas Liberdades Civis (Pucl)", organização com sede em Nova Délhi, comprometida com a defesa dos direitos das populações tribais (Adivasi) e dos Dalits (os excluídos do sistema de castas indiano). “Por mais de trinta anos, a "União dos Povos pelas Liberdades Civis" trabalhou incansavelmente pelos mais vulneráveis e para criar uma sociedade mais democrática e justa na Índia”, explica um comunicado do Fórum Nacional de Solidariedade.

O prêmio será entregue em 25 de agosto, durante um webinar organizado para o "Dia de Kadhamal" sobre o tema "Em defesa dos direitos humanos e das liberdades democráticas". "A violência em Kandhamal é um caso único de muitas violações dos direitos humanos fundamentais e da dignidade dos grupos mais vulneráveis que continuam esperando por justiça", denuncia no comunicado o Fórum Nacional de Solidariedade.

Vatican News Service - LZ/MJ

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24 agosto 2021, 14:52