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Os primeiros sete dias serão dedicados à paz. Os primeiros sete dias serão dedicados à paz. 

Mianmar: em maio, oração pela paz, justiça, unidade e respeito pela dignidade

O arcebispo de Yangon, cardeal Charles Bo, pediu aos fiéis para dedicarem o mês de maio à oração, sugerindo uma intenção específica para cada semana. O Papa recordou da iniciativa no Rwegina Coeli do domingo.

Vatican News

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Ao recordar no Regina Coeli que no mês de maio “a piedade popular expressa de muitos modos a devoção à Virgem Maria”, e que de forma particular neste ano o mês é caracterizado pela "maratona" de oração nos principais santuários marianos para implorar o fim da pandemia, o Papa  Francisco fez especial referência à iniciativa da Igreja em Mianmar, que convida a rezar a cada dia uma Ave Maria pela paz no país:

Cada um de nós recorre à mãe quando está em necessidade ou em dificuldade. Nós, este mês, pedimos a nossa Mãe do Céu que fale ao coração de todos os responsáveis ​​de Mianmar, para que encontrem a coragem de trilhar o caminho do encontro, da reconciliação e da paz.

De fato, o arcebispo de Yangon, cardeal Charles Bo, pediu aos fiéis para dedicarem o mês mariano por excelência à oração, sugerindo uma intenção específica para cada semana.

 

Assim, os primeiros sete dias serão dedicados à paz, enquanto nas três semanas seguintes se rezará pela justiça, pela unidade e o respeito, e por fim pela dignidade humana. Todos temas relevantes, considerando o difícil contexto que vive o país asiático onde, no dia 1º de fevereiro, ocorreu um golpe de Estado que destituiu a líder da Liga pela Democracia Ang San Suu Kyi. O purpurado exorta os fiéis a rezar em casa, na paróquia ou nas comunidades religiosas, de acordo com suas possibilidades.

Ao mesmo tempo, o arcebispo exorta os sacerdotes a dedicarem a primeira Missa diária na intenção específica da semana e a realizarem uma hora de Adoração Eucarística a cada dia, das 14h30 às 15h30, bem como a recitação do Rosário a partir das 19 às 20 horas. “Não há verdadeira paz sem equidade, verdade, justiça e solidariedade”, reitera o purpurado, citando as palavras de São João Paulo II.

 

Neste meio tempo, a tensão no país continua alta, após as incursões e ataques lançados pelo exército birmanês na sequência do anúncio da destruição de uma base militar pelos rebeldes pertencentes à União Nacional Karen. Os confrontos mais recentes deslocaram 24.000 pessoas, mas o conflito causou aos menos 759 vítimas até o momento, incluindo muitas crianças.

No domingo, 2, pelo menos oito pessoas foram mortas pelas forças de segurança birmanesas, que dispararam contra os milhares de manifestantes que saíram às ruas em várias cidades para protestar contra o golpe militar. Os relatos de testemunhas oculares foram citados por vários meios de comunicação birmaneses, incluindo Myanmar Now. Ativistas pró-democracia lançaram um apelo por uma greve geral, em concomitância com as manifestações de solidariedade ocorridas também em outros países, incluindo o Reino Unido e a Itália. De acordo com relatos da mídia, as forças de segurança têm efetuado várias prisões e usado balas de borracha e munição real contra os manifestantes.

Numerosos apelos à paz têm sido lançados nas últimas semanas pelo Papa Francisco e por expoentes da comunidade internacional. Entre estes, também do relator especial da ONU para os direitos humanos em Mianmar, Tom Andrews, que em uma carta dirigida a Min Aung Hlaing, chefe da Junta militar que assumiu o poder em 1º de fevereiro, pede "o fim imediato da violência como o primeiro passo imperativo para a resolução da crise”.

Vatican News Service - IP

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03 maio 2021, 07:50