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Dom Cláudio Hummes recorda o atentado a São João Paulo II

O purpurado lembra também o impacto causado pelo Conclave de outubro de 1978 que escolheu um Papa não italiano. Quando João Paulo II foi eleito Papa, dom Cláudio era bispo de Santo André, na periferia de São Paulo.

Vatican News

Neste 13 de maio, memória litúrgica de Nossa Senhora de Fátima, e 40º aniversário do atentado a São João Paulo II, o presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, dom Cláudio Hummes, recorda o pontificado de São João Paulo II e o atentado sofrido pelo Papa Wojtyla. O purpurado lembra também o impacto causado pelo Conclave de outubro de 1978 que escolheu um Papa não italiano.

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Cardeal Claudio Hummes
Cardeal Claudio Hummes

“É com alegria e muita veneração que recordo o longo e histórico pontificado de São João Paulo II. Ele marcou profundamente a Igreja do final do século XX e da passagem do milênio. Quando ele foi eleito Papa, eu já era bispo de Santo André na periferia da cidade de São Paulo. Lembro do grande impacto que causou o Conclave de outubro de 1978 ter escolhido um Papa não italiano. O último não italiano havia sido Adriano VI em 1522-23. Além do mais João Paulo II era polonês. A Polônia era um país sob regime comunista na época. Todos lembramos que ele teve grande participação na derrocada do comunismo na Europa. Teve também muitos inimigos e sofreu vários atentados contra a sua vida. O amor e mais grave deles foi no dia 13 de maio de 1981, Festa de Nossa Senhora de Fátima, na Praça São Pedro quando foi baleado pelo turco Ali Agca e que por muito pouco não perdeu a vida. Ele dizia depois que foi Nossa Senhora de Fátima quem lhe salvou a vida. A notícia do grave atentado percorreu rapidamente o mundo. Foi um enorme impacto. Um estremecimento visceral tomou conta especialmente da comunidade católica que entrou logo em ardente oração para que o atentado feito não levasse à morte o Papa. Quando ao pouco as notícias foram sendo mais esperançosas todos nós nos pusemos a rezar pela sua plena recuperação. Esse processo da recuperação, no entanto, foi lento e longo deixando marcas indeléveis na saúde do Papa que, apesar disso, realizou depois um dos mais longos e frutuosos pontificados da história”.

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13 maio 2021, 13:51