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Arcebispo da Nigéria: declaração de estado de emergência para evitar anarquia

“A nação vive um crescente estado de insegurança, em particular os contínuos casos de sequestros, morte de inocentes, incluindo policiais, incêndios de delegacias e sedes da Comissão Nacional Eleitoral”. São palavras de Dom Alfred Adeware Martins, Arcebispo de Lagos, na Nigéria

Vatican News

"Declarar estado de emergência para poupar o país da anarquia iminente": este é o apelo lançado por Dom Alfred Adewale Martins, Arcebispo de Lagos, Nigéria, ao governo federal. As palavras do prelado chegam enquanto a nação vive um crescente estado de insegurança: em particular, o Arcebispo cita "os contínuos casos de sequestros por toda parte; a morte de inocentes, incluindo policiais; incêndios de delegacias e sedes da Comissão Nacional Eleitoral". Ao mesmo tempo, o prelado lamentou "o fracasso do executivo, em todos os níveis, em abordar decisivamente as causas básicas da insegurança no país e em levar os responsáveis à justiça". O estado de emergência, portanto, "é mais necessário do que nunca", reitera Dom Martins.

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Ação política

O Arcebispo de Lagos também condena a corrupção como causa concomitante do problema da insegurança e adverte sobre o "grave perigo para o bem comum da nação". Chegou a hora de agir, ele reitera, porque "não é o momento se livrar de responsabilidades; pelo contrário, o executivo é instado a "apresentar planos de ação práticos para colocar a situação sob controle". "Deve haver um esforço coletivo através de uma consulta efetiva entre todas as partes envolvidas", acrescentou o prelado, "Devemos todos nos unir para combater este 'monstro' da insegurança que está tornando a vida difícil para nosso povo". Deste ponto de vista, um elemento fundamental deve ser o "diálogo constante" entre todas as partes envolvidas, ou seja, "representantes das forças de segurança, líderes religiosos, governantes tradicionais, líderes de grupos étnicos, sociedade civil e partidos políticos".

Dom Martins também apela aos membros da Assembleia Nacional para "avançar no processo de emenda da Constituição da Nigéria, a fim de abrir caminho para algumas reformas necessárias, tais como a polícia e o federalismo". Tais emendas, de fato, "certamente ajudariam na restauração da paz e da segurança em todo o país". Isto porque a estrutura atual "vê o poder muito centralizado, enquanto cada um dos Estados continua a operar sem autoridade adequada para traçar o curso de seu desenvolvimento".

Pensar nos cidadãos

Para fazer da "Nigéria um lugar melhor para todos os cidadãos", o Arcebispo de Lagos chama "os vários grupos étnicos que invocam a autodeterminação para abraçar o diálogo e evitar a violência, a fim de não agravar a insegurança nacional, causando mais dificuldades ao povo". Dirigindo-se também aos líderes políticos, o prelado os exorta a reconhecer que "os nigerianos estão passando por muitas dificuldades por causa da crise econômica" e, portanto, ele pede ao governo que "busque novas maneiras de acabar com os confrontos entre pastores e agricultores que estão afetando negativamente o plantio e a colheita de produtos agrícolas, especialmente nas partes do sul do país". Um último apelo é feito aos "nigerianos de boa vontade" para serem "cuidadores de seus irmãos, levando a caridade aos menos privilegiados e oprimidos em toda a nação".

 

 

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31 maio 2021, 09:32