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Portugal: Bispos satisfeitos com “fiscalização preventiva” da lei da eutanásia

Igreja católica espera que o diploma enviado pelo Presidente da República para o Tribunal Constitucional seja rejeitado e reafirmam defesa da vida «em todos os sentidos».

Domingos Pinto – Lisboa

“Qualquer que seja a decisão, a Igreja e todos aqueles que lutam pela vida continuaremos a fazê-lo, pautando-nos sempre por essa defesa em todos os sentidos”.

O alerta é dos bispos portugueses a propósito do diploma que legaliza a eutanásia em Portugal e que foi enviada pelo Presidente da República para o Tribunal Constitucional, na última quinta-feira, para fiscalização preventiva da respetiva constitucionalidade.

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No final da reunião do Conselho Permanente da CEP, que decorreu online esta segunda-feira, 22 de fevereiro, os bispos referem em comunicado que contavam com esse recurso do Chefe de Estado, esperando que a lei seja rejeitada pelo Constitucional, reafirmando a sua oposição à eutanásia.

“Deve-se cuidar mais das pessoas que estão nessas situações, através do reforço dos cuidados paliativos”, sublinhou o padre Manuel Barbosa, secretário e o porta-voz do episcopado, que considera necessário manter o processo de consciencialização da sociedade e de atuação junto dos que mais sofrem.

Ainda no conselho permanente, os bispos decidiram promover um dia especial de celebrações pelas vítimas da pandemia, a 16 de março, em “sintonia com todas as Conferências Episcopais da Europa” na rede de oração eucarística pelas vítimas da pandemia ao longo da Quaresma, evocando as mais de 770 mil pessoas vítimas da Covid-19.

O Conselho Permanente remeteu ainda para a reunião de 9 março novas orientações sobre as celebrações públicas da Missa, esperando o seu regresso o mais breve possível.

Os bispos, sublinha a nota, vão estudar na próxima Assembleia Plenária, de 12 a 15 de abril, a implementação do documento que permite instituição de mulheres no ministério de acólito e leitor.

Uma reflexão na sequência da decisão do Papa Francisco que em janeiro passado estabeleceu que as mulheres tenham acesso aos ministérios de Leitor e Acólito com o motu próprio ‘Spiritus Domini’.

Na próxima Assembleia da Conferência Episcopal Portuguesa deverá ser também analisado um provável documento sobre os 25 anos da peregrinação nacional dos acólitos, um “evento importante” que habitualmente reúne milhares de pessoas em Fátima.

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23 fevereiro 2021, 12:03