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“Com estes fundos, a Igreja italiana consegue estar presente e aproximar-se de muitas pessoas que precisam de ajuda e que muitas vezes são esquecidas”. “Com estes fundos, a Igreja italiana consegue estar presente e aproximar-se de muitas pessoas que precisam de ajuda e que muitas vezes são esquecidas”.  

Do "8 x mil" da CEI, sinais de esperança para a República Centro-Africana

O imposto pago pelos italianos e direcionado para a Igreja Católica, também ajuda concretamente o hospital pediátrico da capital centro-africana, administrado desde 2018 pela Obra São Francisco Xavier C.U.A.M.M. e que trabalha não apenas para garantir a assistência médica à população, mas também para melhorar a qualificação do pessoal médico e de saúde local.

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“Sinais de esperança num contexto difícil e de sofrimento”: assim padre Leonardo Di Mauro, responsável de Serviço da Conferência Episcopal Italiana (CEI) para as intervenções caritativas em favor dos países do Terceiro Mundo, define os projetos iniciados na República Centro-Africana graças à contribuição do “8 x mil”, imposto pago pelos cidadãos italianos, que escolhem a Igreja Católica como destinatária.

“Com estes fundos – explica o sacerdote - a Igreja italiana consegue estar presente e aproximar-se de muitas pessoas que precisam de ajuda e que muitas vezes são esquecidas”. Por exemplo, perto de Bangui, com a ajuda dos Frades Carmelitas Descalços, nasceu a "Escola Agrícola do Carmelo", que em novembro abriu as portas a cerca de quarenta jovens que querem se tornar pequenos empresários agrícolas.

Mas o “8 x mil” também ajuda concretamente o hospital pediátrico da capital centro-africana, administrado desde 2018 pela Obra São Francisco Xavier C.U.A.M.M. e que trabalha não apenas para garantir a assistência médica à população, mas também para melhorar a qualificação do pessoal médico e de saúde local.

Entretanto, o contexto social e político do país africano vive inúmeras tensões, após as eleições legislativas e presidenciais de 27 de dezembro passado. Os resultados provisórios indicam como vencedor o presidente em final de mandato, Faustin-Archange Touadera, mas o processo eleitoral foi marcado por confrontos armados, saques e atos de guerrilha no território.

“Vários grupos rebeldes - explica o padre Federico Trinchero, missionário em Bangui - semearam medo em numerosas cidades“ onde “não foi possível votar, quer porque o material eleitoral não chegou, como porque os cidadãos foram ameaçados e, portanto, não chegaram ir às seções eleitorais". O temor dos religiosos é que agora tenha início "um período sombrio de não fácil solução”.

A recordar que a dramática situação na República Centro-Africana esteve no centro do apelo do Papa lançado no final do Angelus de 6 de janeiro, Solenidade da Epifania do Senhor:

“Acompanho com atenção e preocupação os acontecimentos na República Centro-Africana - disse o Pontífice na ocasião - onde recentemente foram realizadas eleições, com as quais o povo manifestou o desejo de continuar no caminho da paz. Convido por isso todas as partes a um diálogo fraterno e respeitoso, a rejeitar o ódio e a evitar todas as formas de violência”.

Vatican News Service - IP

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16 janeiro 2021, 10:18