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Cardeal Patriarca de Lisboa com diáconos - Foto Arlindo Homem Cardeal Patriarca de Lisboa com diáconos - Foto Arlindo Homem  

Patriarca de Lisboa destaca diaconado como “serviço” em tempo de pandemia

Desafio lançado por dom Manuel Clemente na missa de ordenação de cinco diáconos.

Domingos Pinto – Lisboa

“É certo que vos destinais ao presbiterado, caríssimos ordinandos, mas o tempo de diáconos não se reduz a uma etapa. É a base essencial de tudo o mais, unindo-vos sacramentalmente a Cristo servo. E o serviço é muito especialmente esse mesmo, de assegurar a quem esteja só, doente, ou mais atingido pelas atuais circunstâncias, que pode contar com a presença de Cristo, que por vós lhe advém”.

O desafio foi lançado por D. Manuel Clemente na homilia da missa do I Domingo do Adento que presidiu no passado dia 29 de novembro na Sé Patriarcal de Lisboa de ordenação de cinco novos diáconos, uma celebração transmitida “on line” pelo Patriarcado de Lisboa.

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Três são do Seminário dos Olivais, António Ribeiro de Matos, João Silva e Pedro Figueiredo; Patrice Nikiema, do Seminário ‘Redemptoris Mater’, em Caneças, e Tiago Melo, da Sociedade São Paulo (Paulistas)

O Patriarca de Lisboa fez neste contexto uma referência à a mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa para este tempo de preparação do Natal, sublinhando que “O Deus do Advento vem para o meio desta pandemia, pega na nossa mão, muda o nosso coração e envia-nos a mudar a situação».

Aos novos diáconos, D. Manuel Clemente disse que o serviço de cada um deles “é ser Advento de Cristo e manifestação da sua presença no mundo”.

“Manter este espírito em nós e compartilhá-lo com os outros, sobretudo os que se encerram em desejos curtos, ou as circunstâncias atingem mais pesadamente, por doença, carência ou solidão, pode ser difícil e parecer impossível, dada a nossa falta de aptidão ou coragem”, advertiu.

“Não deixemos que qualquer ‘noite’ nos reduza a expectativa, pessoal, social ou eclesial que seja. Nós sabemos e faremos saber que não há realidade que o Advento de Cristo não possa alcançar e salvar”, disse D. Manuel Clemente.

Para o Patriarca de Lisboa, “o mundo que integramos é uma dimensão a respeitar e a servir, para que todos possam viver e crescer, fruindo e compartilhando a criação. Mas tal só acontecerá, com verdadeira justiça para cada um, se o horizonte não se encerrar aqui, mas se alargar como Cristo o alargou e O desejarmos plenamente a Ele”. 

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01 dezembro 2020, 13:52