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Irlanda, dom Martin: como a Sagrada Família, enfrentar as adversidades com fé

A força da Família de Nazaré - reiterou o prelado - reside precisamente "na fé profunda, na coragem e sabedoria de se confiarem a Deus para enfrentar" todas as adversidades.

Vatican News

Uma festa relativamente recente, mas não por isso menos significativa: é a festa da Sagrada Família que celebramos neste domingo (27/12), primeiro domingo depois do Natal. Estendida a toda a Igreja universal cem anos atrás, em 1921, por ordem do Papa Bento XV, esta festa foi o foco da homilia deste domingo proferida por dom Eamon Martin, arcebispo de Armagh e primaz de toda a Irlanda, na Missa que presidiu na Igreja de São Patrício em Pennyburn. Exortando os fiéis a olharem para Jesus, José e Maria "como uma unidade, uma família de amor", o prelado reiterou a importância de ver na Sagrada Família também "um modelo e uma inspiração". Desde que - acrescentou - não se pense nela como algo meramente idílico, mas também como uma unidade familiar que experimentou "dificuldades, altos e baixos, realidades quotidianas dolorosas", tal como as das "famílias comuns". Mas a força da Família de Nazaré - reiterou o prelado - reside precisamente "na fé profunda, na coragem e sabedoria de se confiarem a Deus para enfrentar" todas as adversidades.

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E estes três dons - fé, coragem e sabedoria - o primaz da Irlanda definiu-os "muito necessários para as famílias de hoje, especialmente por causa da crise causada pela Covid-19". As nossas famílias", disse o prelado, "partilham a incerteza sobre o futuro, o cansaço das restrições em vigor para evitar novos contágios, a confusão da realidade em mudança, o nervosismo e o medo de novas ondas e novas variantes do vírus". E não só: desde o início da pandemia, muitas famílias tiveram de suportar "cruzes pesadas, tais como doença, isolamento, perda de entes queridos, preocupação com o trabalho e a subsistência, e a distância".

Mas agora, no tempo de Natal, os lares podem encontrar "consolo e esperança no Menino Jesus, nascido para ser o nosso Salvador". "A fé", concluiu o prelado irlandês, "guia o nosso caminho através da incerteza e do desconhecido". E tal como um pai amoroso toma o seu filho assustado pela mão, também nós agarramos firmemente a mão d'Aquele que nos criou, nos redimiu e salvou e que percorre conosco cada passo do nosso caminho".

Vatican News Service -IP

 

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28 dezembro 2020, 10:11