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Terra Santa: início do Advento em Belém, com a luz de Jesus para enfrentar a pandemia

O início das celebrações do Advento na Terra Santa sempre foi marcado por grande participação popular. Neste ano, porém, a tradição seguiu medidas de segurança impostas pela emergência sanitária da Covid-19, sem peregrinos, mas com representantes da comunidade cristã local e para manter viva a esperança: "a pandemia é como a noite, há noites mais longas e noites mais curtas, mas a noite sempre acaba e o sol nasce novamente. E se o nosso sol é o Senhor Jesus Cristo, não devemos temer a noite", disse Frei Patton, Custódio da Terra Santa.

Andressa Collet - Vatican News

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Os preparativos para o Natal já começaram na Terra Santa com o início das celebrações litúrgicas tradicionais neste Tempo do Advento. No sábado (28), o Frei Francesco Patton fez a entrada solene em Belém, lugar de origem da vida de Jesus, e, no domingo (29), o Custódio da Terra Santa presidiu a missa solene. As celebrações foram marcadas por novas medidas de segurança impostas pelas restrições da pandemia da Covid-19.

Como acontece tradicionalmente, e segundo informações da Custódia da Terra Santa, no sábado (28), Frei Patton encontrou uma parte da comunidade da paróquia de São Salvador, no convento da cidade velha de Jerusalém que há mais de 500 anos hospeda os franciscanos da Terra Santa. O pároco, Fr. Amjad Sabbara, falou da importância das raízes cristãs dos fiéis locais e de se ser cristão num lugar tão especial, mesmo na difícil situação de pandemia em que o mundo se encontra. Em seguida, Fr. Patton destacou a peculiaridade da presença dos peregrinos para a comunidade local, que representa não apenas um apoio econômico, mas também espiritual:

“Hoje queremos simbolicamente acender a luz que vem de Belém para manter viva a esperança, a confiança em nosso Pai celestial e a caridade que nos leva a ser solidários e a nos ajudar uns aos outros. O vírus vai passar. O importante é que a solidariedade entre irmãos e irmãs na comunidade permaneça. Que o Senhor nos ajude a olhar para frente, a viver sempre com a esperança.”

A luz de Jesus para não temer a pandemia

Na sequência, depois da saudação a representantes civis e religiosos, o percurso em direção à Basílica da Natividade. Diversamente dos anos anteriores e devido às recentes regulamentações anti-Covid, Frei Patton depois seguiu o trajeto no carro. Ao chegar à praça próxima à Basílica, um número discreto de membros da comunidade local estava presente para a entrada solene do Custódio na Basílica da Natividade. Após saudar as autoridades civis e representantes de outras definições cristãs, Frei Patton cruzou a porta da humildade, seguindo a procissão dos franciscanos que já estavam na frente.

Na Igreja de Santa Catarina, propriedade franciscana que fica ao lado da Basílica da Natividade, o Custódio foi recebido por Fr. Enrique Segovia, superior do convento franciscano de Santa Catarina. Nesse momento, Frei Patton afirmou:

“A pandemia é como a noite, há noites mais longas e noites mais curtas, mas a noite sempre acaba e o sol nasce novamente. E se o nosso sol é o Senhor Jesus Cristo, não devemos temer a noite.”

Poucas horas após essa breve celebração, o Custódio presidiu as Primeiras Vésperas solenes do primeiro domingo do Advento. Na ocasião, foi acesa a primeira vela da coroa do Advento com uma vela acesa na manjedoura, o lugar de nascimento de Jesus.

Ser vigilante com responsabilidade

Já no domingo (29), Frei Patton presidiu a missa solene em árabe e afirmou que, "no Evangelho, Deus nos diz que devemos estar sempre vigilantes para nos lembrar que somos chamados a viver a nossa vida cristã com responsabilidade, esperança e fé”. A homilia em árabe, pronunciada pelo pároco, Frei Rami Asakrieh, foi focalizada no termo "vigiar": uma espera sem o risco de adormecer, mas uma espera voltada para trabalhar pela nossa salvação. Ainda segundo ele, a paróquia de Belém continua se preparando para o Natal, sobretudo com a atenção às restrições impostas pela pandemia:

“Por causa do vírus, estamos mais prontos e dispostos a dirigir o nosso olhar para a origem da salvação, e não para cerimônias externas: tentamos alcançar as profundezas da nossa fé – e neste momento pode ser uma boa oportunidade - apesar das festividades que serão muito limitadas devido às regulamentações anti-Covid.”

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30 novembro 2020, 11:37