Fiel Fiel 

Leigos e leigas cristãos, profetas e testemunhas do Reino

Os cristãos, leigos e leigas, são pedras vivas inseridas na comunidade eclesial, protagonistas da evangelização que renova atitudes, relacionamentos e mentalidades.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos ( RJ)

Na solenidade de Cristo Rei do Universo celebramos o dia nacional do leigo e da leiga cristãos, aqueles fiéis que conformam a maioria do Povo de Deus. Chamados, pelo batismo e a crisma, a exercerem o sacerdócio comum, a missão de profetas e servos do Reino de Deus, fazendo acontecer a justiça e amor em todas as estruturas e âmbitos da humanidade. A pandemia nos fez descobrir, ainda mais, que a Igreja não é um prédio de culto, mas uma família, um povo reunido na comunhão do Deus Uno e Trino que liberta e salva.

Que o rosto de Cristo seja descoberto e encontrado na caridade e partilha solidária nos hospitais, centros de saúde, asilos, centros comunitários, onde circulava junto à palavra de conforto, a presença amiga e samaritana protetora e cuidadora da vida em todas as suas dimensões. O Corpo de Cristo era visibilizado por homens e mulheres de todas as classes, raças, etnias e culturas que acolhiam a todos/as, que traziam em seus olhares e mãos a esperança de um mundo novo onde caibam todos, sem discriminações e odiosas desigualdades.

Onde estão os pobres, ali se constrói o Reino, a humanidade nova, restaurada na liberdade e fraternidade que Cristo veio a estabelecer de forma definitiva. Os cristãos, leigos e leigas, são pedras vivas inseridas na comunidade eclesial, protagonistas da evangelização que renova atitudes, relacionamentos e mentalidades, gerando a civilização do amor, da ternura e da equidade. Afirmamos, uma vez mais, a frase de São Leão Magno da famosa homilia de Natal: “cristão reconhece a tua dignidade”. Que Cristo, o Bom Pastor, reine em nossos corações para superarmos os muros do ódio, da divisão e da intolerância, sendo capazes de semear e frutificar espaços e projetos de amizade e diálogo social, consensos de valores que nos levem à cultura da paz e do encontro, na política do bem viver e do bom conviver. Como na famosa Declaração de Abu Dhabi, com o Papa Francisco afirmamos: “Em nome de Deus, declaramos adotar a cultura do diálogo como caminho, a colaboração comum como conduta, o conhecimento mútuo como método e critério”. Deus seja louvado!

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21 novembro 2020, 12:10