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Níger em emergência enchentes. Bispo pede ajudas urgentes

Um dos países mais pobres do mundo enfrenta enormes dificuldades econômicas e ambientais: mais de 65 vítimas e graves danos, devido às chuvas torrenciais, envolvendo 200.000 pessoas. O alarme vem do Arcebispo de Niamey, Dom Laurent Lompo, que pede o apoio de todas as pessoas de boa vontade.

Roberta Barbi – Vatican News

Há mais de dois meses o Níger sofre pelas chuvas torrenciais e inundações que até agora causaram mais de 65 mortes, envolvendo outras 200 mil pessoas e causando graves danos à infraestrutura e à agricultura do país, um dos mais pobres do continente africano. O alarme foi lançado pelo arcebispo da capital Niamey, Dom Laurent Lompo: "Neste momento, a maior parte dos vilarejos ao longo do rio Níger estão debaixo da água. Isto tem causado enormes danos aos campos, às plantações de arroz, mas principalmente a perda de vida humanas", diz o prelado no site Recowa-Cerao, da Conferência Episcopal Regional da África Ocidental.

Danos à agricultura e às infraestruturas

As enchentes, que também atingiram gravemente o norte da Nigéria na fronteira com o Níger, afetaram oito regiões. De acordo com uma declaração emitida nos últimos dias pelo Conselho de Ministros do Níger, 7.000 hectares de plantações dunares e 3.082 hectares de culturas irrigadas foram cobertas pela água. O Governo do Níger anunciou medidas para ajudar as vítimas.

"Este é um duro golpe para nosso país, ameaçado pelo terrorismo e por repetidas crises alimentares", explica Dom Lompo. De fato, há cerca de uma década, o Níger sofre incursões de vários grupos jihadistas armados, em particular Boko Haram da vizinha Nigéria, o AQIM, o Al-Qaeda no Magrebe Islâmico e o Gsim (Grupo de Apoio Islâmico e Muçulmano), uma organização salafista fundada em 2017 durante a guerra no Mali. Ataques que aumentaram muito nos últimos meses.

A Igreja: a população sofre de modo indescritível

As enchentes não pouparam a capital. "Em alguns bairros - diz o Arcebispo de Niamey – não se pode mais caminhar". A Igreja também foi atingida: em uma paróquia às margens do rio, vários fiéis ficaram desabrigados. Em outra paróquia, uma comunidade das Missionárias da Caridade de Madre Teresa de Calcutá foi obrigada a deixar sua casa e os doentes internados em seu ambulatório foram transferidos para outras estruturas de saúde.

A Cáritas local já tomou medidas para ajudar as vítimas, mas isso não é suficiente. Dom Lompo, portanto, recorre a todas as pessoas de boa vontade para apoiar o trabalho da Igreja: "Uma ajuda adicional nos permitirá cuidar melhor da população". O Arcebispo de Niamey também está preocupado com a próxima reabertura das escolas: "Se não montarmos barracas e não dermos comida à população, se não nos encarregarmos da saúde dessas famílias, especialmente na atual crise de saúde, a situação corre o risco de piorar", adverte ele. "A triste realidade é que as vítimas no Níger, como na Nigéria, estão sofrendo dificuldades indescritíveis.

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18 setembro 2020, 14:49