Coleta para o sustento dos cristãos que vivem na Terra Santa será em 13 de setembro

A Custódia da Terra Santa recorda a importância da Coleta em favor dos lugares onde o Evangelho se fez história. Este ano, devido à pandemia, a coleta das ofertas foi adiada da Sexta-feira Santa para o próximo dia 13 de setembro. Padre Patton diz, que aquilo que recebemos, torna-se solidariedade para muitos, famílias, jovens, vítimas de conflitos.

Alessandro De Carolis - Vatican News

Ouça e compartilhe!

Igrejas que ajudam outras Igrejas, em uma rede contínua de fraternidade. Esta é uma marca registrada da comunidade cristã em todo o mundo. Mas há uma para o qual a ajuda recebida das Igrejas do planeta assume um valor único. É aquela que tem as suas raízes - as pedras da sua história, os espaços de sua geografia - diretamente no Evangelho. É a Igreja dos Lugares Santos, de Jerusalém, Belém, Nazaré, que a cada ano reserva uma ajuda específica assegurada pela Coleta para a Terra Santa, recolhida em todas as comunidades eclesiais na Sexta-feira Santa. Um costume não observado este ano em função da pandemia.

Nova data para um dia solene

 

Em abril passado, quando a crise de Covid-19 havia transformado em deserto as paróquias de muitos países europeus - tradicionalmente na vanguarda da Coleta - o Papa Francisco havia aprovado a proposta de adiar esta coleta de ofertas para 13 de setembro de 2020. Uma data, explica o padre franciscano Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, escolhida “porque é o domingo mais próximo da festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos aqui em Jerusalém – explicou ele - com particular solenidade, para recordar até que ponto chegou o amor do Filho de Deus por nós: a ponto de dar a vida na Cruz, pela nossa salvação”.

 

Ajuda inestimável

 

O padre Patton ilustra em um vídeo as mil formas que a Coleta costuma assumir, uma vez que as ofertas das paróquias e dioceses de todas as latitudes chegam à Custódia. As necessidades são de todos os tipos e não dizem respeito somente à manutenção dos lugares santos, da Basílica da Natividade ao Santo Sepulcro.

“Graças àquilo que vocês, cristãos de todo o mundo, dão generosamente”, explica o padre Patton, “poderemos apoiar a ação pastoral das paróquias que nos foram confiadas; poderemos garantir uma educação de qualidade aos mais de 10 mil estudantes que frequentam nossas escolas; poderemos ajudar as jovens famílias a encontrar uma casa; poderemos ajudar os trabalhadores migrantes cristãos a se sentirem acolhidos, mesmo que estejam longe de sua pátria; poderemos estar ao lado das populações atingidas pela guerra na Síria e dos refugiados agora espalhados nos diversos países onde vivemos nossa missão”.

São tantas as formas de expressar ao menos uma vez por ano o apoio - como diria Francisco - à "carne de Cristo" nos lugares onde Cristo se fez carne por todos.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui

12 agosto 2020, 07:22