São João Maria Vianney,  o Santo Cura d'Ars,  nomeado padroeiro dos Párocos em 23 de abril de 1928. São João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars, nomeado padroeiro dos Párocos em 23 de abril de 1928.  

Da França, esperança e bênção por intercessão do Santo Cura d'Ars

"Tudo isso está nos ajudando muito, e com fé nós vamos sair de todo esse problema de confinamento e vamos retomar a nossa vida eclesial a partir de outras bases, a partir de uma base mais fraterna, a partir de uma base com mais piedade e com mais fidelidade ao Evangelho. E que o Cura d’Ars nos ajude", diz o sacerdote brasileiro padre Paulo Dalla Déa, que do Santuário do padroeiro dos párocos de todo o mundo, faz referência à Carta do Papa Francisco aos presbíteros por ocasião dos 160 anos da morte do Santo Cura d'Ars.

Jackson Erpen - Vatican News

Neste ano, a festa do Cura d’Ars, na França, conta com a presença do cardeal Pietro Parolin, que às 10 horas da manhã (horário local) deste dia 4 de agosto, presidiu a celebração da Santa Missa. Às 15 horas, o secretário de Estado do Vaticano proferiu uma conferência sobre o tema “O Papa Francisco e os sacerdotes, a caminho com o povo de Deus”.

Mas a celebração neste ano tem algumas particularidades, como nos conta direto da França padre Paulo Dalla Déa, da Diocese de São Carlos, sacerdote fidei donum no Santuário do Cura d’Ars:

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Hoje, na Festa do Santo Cura D’Ars, o padroeiro de todos os párocos do universo, nós temos a grata satisfação de receber o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, para celebrar e para nos dar uma conferência sobre a espiritualidade sacerdotal. Hoje estamos saindo de todo aquele problema da pandemia, nós ficamos todo mês de fevereiro, março e abril fechados.

 

E tivemos muitos casos de Covid aqui, mas graças a Deus aqui em Ars nenhum caso de morte, graças a Deus, nenhuma morte. Precisamos agradecer ao Cura d'Ars, à Virgem Maria, agradecer à Trindade Santa por tanta graça que nós recebemos. Foi difícil, foi complicado, a gente sabe, para todos nós, mesmo aqui da comunidade dos padres, nós tínhamos quatro padres na casa, três tivemos Covid, eu inclusive, mas passamos por isso, fomos curados, graças a Deus, está tudo em ordem e nós ficamos fechados até voltarmos em junho. Em junho nós começamos a retomar as Missas públicas. Durante todo mês de maio a gente só fez transmissão das Missas pelo nosso canal do Facebook, pelo YouTube, nós publicamos as coisas pelo Instagram, mas foi só virtual. A partir de junho, nós retomamos as celebrações com todas aquelas medidas necessárias, que vocês sabem, de distanciamento, de máscara, de lavagem das mãos, de desinfecção e tudo. Mas graças a Deus, aqui não tivemos mais nenhum caso, não tivemos uma segunda onda, nada disso. Graças, eu acho, ao Cura d’Ars, graças, eu acho, à discrição e à ajuda das pessoas. Claro que algumas pessoas estão um pouco chateadas com essa história, porque não pode comungar na boca, tem alguns que querem comungar na boca e é preciso a gente pedir: “Olha, ainda não estamos na época de fazer isso”.

Somos um Santuário Internacional, e pouco a pouco as pessoas começam a voltar a partir da Itália, da Alemanha, alguns sobretudo da França, das regiões da França. Então nós temos gente que passa do mundo inteiro aqui e a gente precisa tomar mais cuidados do que outros lugares. Mas graças a Deus, o Cura d’Ars tem motivado as pessoas, as pessoas têm procurado, e nós estamos - ontem e hoje - fazendo uma grande e bonita festa, tem muita gente e tá muito participado, tá muito bem. Nós só não podemos esse ano fazer a tradicional procissão com a relíquia do coração, que a gente faz do Chateau d’Ars até a Basílica porque, bom, procissão não é possível. Mas graças a Deus, o Cura d'Ars anda inspirando as pessoas, leigos, padres, seminaristas.

 

O cardeal Parolin também inaugura um caminho dentro do Santuário, dedicado ao cardeal Emile Biayenda, arcebispo de Brazzaville, Congo, morto em 1977, e cuja causa de canonização está em andamento. Ele é conhecido como o Cura D'Ars africano. A ligação entre o prelado congolês e o Santuário francês remonta ao período de seus estudos, quando estudou no Instituto Católico de Lyon. Ele ia regularmente a Ars para aprofundar a espiritualidade de São João Maria Vianney. Após seu retorno ao Congo, fazia uma parada no Santuário de Ars cada vez que viajava à França.

E o ano passado nós tivemos uma bonita carta que o Papa Francisco nos fez justamente, nos presenteou justamente no dia da festa do Cura d’Ars, falando da espiritualidade sacerdotal, e tudo isso está nos motivando muito, tudo isso está nos ajudando muito, e com fé nós vamos sair de todo esse problema de confinamento e vamos retomar a nossa vida eclesial a partir de outras bases, a partir de uma base mais fraterna, a partir de uma base com mais piedade e com mais fidelidade ao Evangelho. E que o Cura d’Ars nos ajude. Esse ano temos também a inauguração de um percurso em homenagem ao cardeal [Emile] Biayenda. O cardeal Biayenda, que foi muito inspirado pelo Cura D'Ars na época em que estava aqui estudando em Lyon e ele morreu mártir, e hoje está com seu processo na Causa dos Santos. Então, esse ano, estamos homenageando o Cura D’Ars, estamos homenageando o cardeal Biayenda com certeza. E que todas as nossas preces subam até Deus, e que desçam para todos nós, para mim e para vocês que estão me escutando, em grandes bênçãos, em grande fidelidade ao Evangelho do Cristo, em grande entusiasmo pelo amor de Deus. Um abraço. Deus abençoe em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo amém.

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04 agosto 2020, 07:49