A preocupação do Papa para salvar vítimas do tráfico moderno de escravos

A Comunidade de Sant’Egidio, com sede em Roma, se une à solidariedade do Papa Francisco à triste realidade vivida pelas famílias de migrantes dentro dos campos de detenção na Líbia. “Não se pode ficar indiferente” a essa situação que chega em “versão ‘destilada’ aqui no Norte do mundo”, afirma a organização internacional em comunicado. Ao governo italiano, o apelo para "promover uma iniciativa europeia que salve rapidamente quem é vítima desse tráfico moderno de escravos".

Vatican News

Ouça a reportagem e compartilhe

Um movimento internacional de leigos, com sede em Roma, divulga comunicado sobre as palavras do Papa Francisco pronunciadas “com força” em homilia desta quarta-feira (8), na missa que recordou o aniversário de 7 anos da visita a Lampedusa, no sul da Itália, local símbolo do sofrimento de milhares de migrantes. Ao abordar os campos de detenção na Líbia, o Pontífice comparou a “um inferno” a vida daquelas famílias e a Comunidade de Sant’Egidio recorda que é uma realidade que precisa “sacudir a nossa consciência”.

E o texto continua: “não se pode ficar indiferente à situação que foi criada já há tempos na Líbia e da qual, como afirma Francisco, temos apenas uma versão 'destilada' aqui no Norte do mundo, e ainda menos hoje na crise ditada pela pandemia". A comunidade prossegue o comunicado, confirmando que "no 'inferno' dos campos de detenção vivem homens, mulheres e crianças que devem ser salvos urgentemente se ainda acreditamos na cultura e na civilização que fundaram a Europa".

Tráfico moderno de escravos

O movimento internacional então faz um apelo ao governo italiano para "promover uma iniciativa europeia para salvar rapidamente quem é vítima desse tráfico moderno de escravos". O comunicado enfatiza que o caminho a seguir é aquele “de uma evacuação humanitária a ser realizada seguindo o modelo dos corredores humanitários – como fazem a Comunidade de Sant'Egidio com as Igrejas Protestantes e com a Conferência Episcopal Italiana (CEI)”. De fato, no período de quatro anos, explica a nota, “trouxeram para a Itália e outros países europeus mais de 3 mil refugiados, conseguindo acolhê-los e integrá-los".

Vatican News - LZ

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui

09 julho 2020, 10:23