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Covid-19: Igreja no Líbano coloca terras cultiváveis à disposição dos paroquianos

A Igreja Greco-católica melquita também desenvolve o projeto “A Mesa de São João Misericordioso”, apoiado pela Ajuda à Igreja que Sofre, e que distribuiu mais de 1.400 refeições por dia. A emergência do coronavírus também levou os libaneses a questionar sua solidariedade em relação aos refugiados vindos da Síria.

Vatican News

O patriarca greco-melquita Youssef Absi pediu a todos os bispos do Líbano que disponibilizassem para os paroquianos as terras agrícolas de suas dioceses para que pudessem cultivá-las. Uma maneira de ajudar aqueles que se encontram em dificuldades devido à emergência do coronavírus. Quem revela em uma entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre é o arcebispo grego-melquita de Zahlé, Jean Issam Darwish.

 "Oferecemos nossas terras aos cristãos da diocese para seu uso - relata o prelado, listando o que a Igreja fez nos últimos meses. Também começamos a equipar o Hospital Tel Chiha com o necessário para enfrentar a Covid-19 e colaboramos com um hospital universitário americano para formar funcionários, para que estivessem prontos para enfrentar a pandemia. Por fim, aumentamos a distribuição de kits de higiene para ajudar as pessoas a se protegerem melhor."

O projeto “A Mesa de São João Misericordioso”, apoiado pela Ajuda à Igreja que Sofre e nascido como refeitório para oferecer pratos quentes aos mais necessitados, não parou com a pandemia e foi reorganizado para permitir, àqueles que delas tinham necessidade, receber refeições sem nenhum risco à sua saúde.

Mesmo não sendo possível fazer as refeições todos os dias no local – explica Dom Darwish - foram tomadas medidas de segurança, o que permitiu o aumento do número de beneficiários, que não para de crescer. Atualmente – completa o arcebispo de Zahlé – a cada dia são distribuídas mais de 1.400 refeições.

Mas a emergência do coronavírus também levou os libaneses a questionar sua solidariedade em relação aos refugiados. "A maior parte dos libaneses relutava em aceitar um volume tão grande de refugiados no início da crise síria - disse o arcebispo Darwish -. No entanto, esta situação está piorando, pois o número de refugiados se torna realmente crítico e isso ameaça a solidariedade e a capacidade do país anfitrião".

Vatican News - TC

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01 julho 2020, 10:03