Todos os muçulmanos que possuem meios econômicos devem sacrificar animais como forma de lembrar o acontecimento de Abraão e seu filho Isaac Todos os muçulmanos que possuem meios econômicos devem sacrificar animais como forma de lembrar o acontecimento de Abraão e seu filho Isaac 

Na mensagem pela festa de Eid al Adha, patriarca caldeu apela ao espírito de cooperação nacional

Nestes tempos de crise atravessados pelo Iraque também Eid al-Adha representa “uma oportunidade para unir energias em um espírito de responsabilidade nacional, cooperando com o atual governo e com todas as pessoas de boa vontade, superar a pandemia de coronavírus e todas as outras emergências".

Vatican News

É dirigida aos “amados irmãos muçulmanos” a mensagem de felicitações do patriarca caldeu Louis Raphael Sako que, na noite da quinta-feira, 30 de julho, deram início às celebrações do Eid al Adha, o "festival do sacrifício".

Esta festividade islâmica - escreve o cardeal iraquiano em sua breve mensagem, com diversas referências ao presente - é comemorada este ano em meio a condições adversas, enquanto a vida dos cidadãos está sob o peso crescente da emergência sanitária e da pressão social".

O festival de Eid al Adha comemora a prova da obediência a Deus feita por Abraão, que se mostra pronto para sacrificar a vida do próprio filho Isaac, caso realmente for a vontade de Deus.

"Eid al-Adha - comenta o patriarca caldeu - é um convite a voltar a si mesmos, para arrepender-se e renovar-se, sacrificando os interesses privados ou da própria facção, em favor do bem comum e do crescimento de nosso país e para salvaguardar a dignidade de nossos cidadãos".

Nestes tempos de crise atravessados pelo Iraque – lê-se na mensagem patriarcal - também Eid al-Adha representa “uma oportunidade para unir energias em um espírito de responsabilidade nacional, cooperando com o atual governo e com todas as pessoas de boa vontade, superar a pandemia de coronavírus e todas as outras emergências".

Nos últimos dias, os protestos populares que voltaram a tomar as ruas iraquianas, foram marcados pela morte de pelo menos três manifestantes pela polícia. O chefe de governo, Mustafa al Kadhimi, prometeu uma investigação sobre o comportamento dos agentes envolvidos, enquanto dois altos oficiais do exército iraquiano foram mortos na Província de Anbar, durante uma emboscada com marca jihadista.

A festividade

 

Eid al-Adha ou Eid ul-Adha, também conhecido como Grande Festa ou Festa do Sacrifício, é um festival muçulmano que sucede a realização do Haje, a peregrinação a Meca. É celebrado a partir do décimo dia do mês de Dhu al-Hijjah (no último mês do ano lunar no Calendário islâmico ) pelos muçulmanos de todo o planeta em memória da disposição do profeta Ibrahim (Abraão) em sacrificar o seu filho Ismael conforme a vontade de Deus, e dura quatro dias. Realiza-se 70 dias após o Ramadã e está interligada ao Eid al–Fitr, que marca o fim do jejum do Ramadã, uma festa interligada e é a primeira festa. No Eid al-Adha é feita a troca de presentes e o sacrifício de animais onde a carne é dividida com familiares e com os pobres.

Faz parte dessa comemoração visitar amigos e familiares. Em algumas nações, por tradição cultural e não pelo Islã, algumas pessoas trocam presentes. Enquanto Eid al-Adha é sempre no mesmo dia do calendário islâmico, a data no calendário gregoriano varia de ano para ano, visto que o calendário islâmico é um calendário lunar e o gregoriano é um calendário solar.

*Com Agência Fides                     

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31 julho 2020, 14:04