Pão para quem tem fome, caridade fraterna por amor a Deus e ao próximo (representação da multiplicação dos pães) Pão para quem tem fome, caridade fraterna por amor a Deus e ao próximo (representação da multiplicação dos pães)

Covid-19. Igreja em Mumbai, Índia: testemunho de fé, esperança e caridade

Entre as muitas atividades encontra-se o programa “Maná sobre rodas”, que tem voluntários circulando pelas áreas mais pobres oferecendo seu auxílio. Ao todo, mais de 40.000 refeições foram distribuídas, contribuindo para atender as necessidades de alimentação dos trabalhadores migrantes, dos sem-teto e de necessitados. Esta caridade nascida espontaneamente é um dos aspectos mais bonitos e encorajadores nesta época de pandemia e de isolamento social

Vatican News

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O grande compromisso caritativo das comunidades católicas da Arquidiocese de Bombaim (atual Mumbai), na Índia, para atender às necessidades dos mais pobres e dos últimos, cuja situação social e de trabalho piorou ainda mais com o isolamento social imposto pelo governo por causa da pandemia, continua sem cessar neste momento particular de emergência sanitária no país asiático.

Maná sobre rodas

Entre as muitas atividades promovidas encontra-se o programa “Maná sobre rodas”, que tem voluntários circulando pelas áreas mais pobres oferecendo seu auxílio.

A iniciativa é organizada pela paróquia de São Pedro, no bairro de Bandra, e é animada pelos fiéis que ajudam a atender as necessidades das pessoas que passam fome e vivem nas ruas de Bandra West, entre as quais muitas crianças.

O programa, iniciado por um casal católico (Richard Pereira e sua esposa Canice) com o jesuíta padre Gerard Rodricks, teve início no dia 30 de março com a distribuição de 25 marmitas e continua até hoje.

Distribuídas mais de 40 mil refeições

Com o passar do tempo, cresceu, graças ao envolvimento de outros voluntários, em particular jovens da paróquia de São Pedro e pessoas de outras comunidades religiosas; agora são 14 automóveis entregando 1.850 pacotes de alimentos todos os dias.

“Ao todo, mais de 40.000 refeições foram distribuídas, contribuindo para atender as necessidades de alimentação dos trabalhadores migrantes, dos sem-teto e de necessitados, graças também a mais de 200 doadores que ajudaram com mais de 50.000 dólares.”

Outra iniciativa semelhante foi lançada na paróquia dos Santos Magos de Gorai-Culvem, em favor dos camponeses e pescadores em dificuldades econômicas.

Impacto social, psicológico e mental da pandemia

“A covid-19 teve um impacto sobre a saúde social, psicológica e mental das pessoas. Os mais atingidos são migrantes, trabalhadores domésticos, assalariados, pequenos pescadores que também tiveram problemas para sobreviver. Em meio à crise, a paróquia identificou essas necessidades e procurou dar uma resposta”, explica o pároco, padre Edward Jacinto, à agência missionária Fides.

Os voluntários da comunidade dão alimentos e suprimentos a pessoas de outros credos, tribos, migrantes, viúvas com o auxílio de governos locais e organizações da sociedade civil.

Há mais de 3 meses, cerca de 80 jovens católicos vêm “patrulhando” o território, 24 horas por dia, nos 7 dias por semana, e estenderam uma rede eficiente de solidariedade.

O amor de Cristo alcança todos os homens

"Várias paróquias, associações, movimentos da Igreja local, estão dando de comer aos famintos”, ressalta, por sua vez, o diretor do Centro de Ação Social – uma organização da Arquidiocese de Bombaim que lida com o desenvolvimento social –, padre Mario Mendes.

“Várias associações e muitos fiéis católicos estão demonstrando verdadeira coragem e compaixão. Esta caridade nascida espontaneamente, e que está fazendo bem a milhares de pessoas que de outro modo seriam abandonadas, é um dos aspectos mais bonitos e encorajadores nesta época de pandemia e de isolamento social, não se fecharam em si mesmos, mas se mobilizaram em favor dos outros.”

“O amor de Cristo ultrapassa todas as barreiras e alcança todos os homens. Este é o testemunho oferecido hoje pela Igreja Católica na Índia”, conclui padre Mendes.

(L’Osservatore Romano)

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10 julho 2020, 08:57