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ONGs cristãs pedem que Congresso EUA ajude países pobres a enfrentar pandemia

Segundo as ONGs, são necessários pelo menos US$ 10 a 15 milhões para ajudar os países que não têm os meios para lidar com a crise da saúde. Isso equivale a apenas 0,005% dos três trilhões de dólares até agora aprovados pelo Congresso dos Estados Unidos para financiar o plano de ajuda elaborado pelo Partido Democrata para combater a Covid-19 e apoiar a economia dos EUA.

Vatican News

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Um apelo para alocar recursos urgentes para ajudar os países mais pobres do mundo a enfrentar a emergência coronavírus foi dirigido nestes dias ao Congresso dos Estados Unidos por mais de trinta ONGs religiosas no país, incluindo o Catholic Relief Services (CRS), a agência humanitária internacional da Igreja Católica estadunidense. Entre os signatários, também Dom David J. Malloy, presidente da Comissão para a Paz e a Justiça Internacional da Conferência Episcopal (Usccb).

"Se não vencemos a Covid-19 em algum lugar, não podemos derrotá-la em lugar nenhum", diz uma declaração do CRS que acompanha a carta, destacando que uma recente pesquisa indica que 72% dos estadunidenses são a favor de ajudas aos mais fracos do mundo nesta pandemia.

Segundo as ONGs cristãs, são necessários pelo menos entre US$ 10 a 15 milhões para ajudar os países que não têm os meios para lidar com a crise da saúde. Isso equivale a apenas 0,005% dos três trilhões de dólares até agora aprovados pelo Congresso estadunidense para financiar o plano de ajuda elaborado pelo Partido Democrata para combater a Covid-19 e apoiar a economia dos EUA. Até o momento, no entanto, não estão previstas alocações para ajudas internacionais.

Sem ajuda humanitária aos países mais vulneráveis ​​- destacam as ONG religiosas -, o número de mortes corre o risco de ser dramático: "Um recente relatório estimou que nesses países poderiam ocorrer até 3 milhões de mortes se não houver uma maior assistência humanitária, enquanto outros milhões correm o risco de morrer de fome nos países pobres devido à crise econômica provocada pela pandemia".

"Os programas humanitários, de saúde e diplomáticos globais dos Estados Unidos podem ajudar a salvar vidas pela prevenção, diagnóstico e tratamento da doença e fornecendo equipamentos de proteção individual", enfatiza a carta.

"Também é fundamental que nosso país responda às terríveis exigências econômicas, de segurança alimentar, humanitárias e de desenvolvimento, acentuadas pelos efeitos da Covid-19, e continue as operações humanitárias em andamento para o tratamento da malária, tuberculose, HIV/AIDS e a promoção da liberdade religiosa no mundo" , acrescentaram as ONGs, que também recordam o dever moral dos cristãos de cuidar de pessoas necessitadas: "Neste momento crítico, não podemos dar as costas aos nossos irmãos e irmãs no mundo", afirma a carta. "Como nação, temos quer a capacidade como a obrigação de fornecer recursos que impeçam a propagação desta doença e aliviem o sofrimento das pessoas por ela afetadas. Assim sendo, estamos certos de que também nós estaremos protegidos neste país".

Neste sentido, o apelo urgente aos membros do Congresso por uma ação urgente em apoio a uma "vigorosa resposta internacional" ao impacto da Covid-19 por meio da aprovação de novas alocações destinadas ao exterior.

"Rezemos – conclui a nota -  para que os representantes de nosso país encontrem uma maneira de estar à altura de sua responsabilidade de ajudar os menos afortunados", conclui a carta.

Vatican News - LZ

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08 julho 2020, 07:48