Deslocados internos em Kaya, norte de Burkina Faso (foto de 27 de junho de 2020) Deslocados internos em Kaya, norte de Burkina Faso (foto de 27 de junho de 2020) 

Caritas Burkina Faso adverte para risco de carestia no país

O sacerdote diretor da Caritas fala de uma "crise esquecida" pelo resto do mundo e invoca ajuda internacional, sobretudo porque está chegando a estação de chuvas torrenciais que durará até o final de outubro.

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Mais de dois milhões de pessoas podem sofrer com a carestia em Burkina Faso, devido a condições climáticas adversas e conflitos internos. O alarme foi dado pela Caritas local, que, em uma nota, sublinha tratar-se de um número três vezes maior do que o de 2019.

O diretor do órgão, padre Constantin Sere, fala de uma "crise esquecida" pelo resto do mundo e invoca ajuda internacional, sobretudo porque está chegando a estação de chuvas torrenciais que durará até o final de outubro.

Seiscentos mil euros é o valor necessário, de acordo com a Caritas, para fornecer à população moradia, comida, água potável e meios de subsistência para os próximos meses. A ajuda se concentrará em 1.500 famílias residentes nas Dioceses de Kaya, Fada N'Gourma, Nouna e Dédougou. Cada família receberá 50 kg de arroz ou milho; 25 kg de feijão; 5 litros de óleo; 2 kg de sal e 5 mil francos na moeda local (cerca de 8 euros) para comprar alimentos frescos.

Após quatro anos de violências e tensões que abalaram a fronteira ao norte e leste do país, a principal aspiração da população é, no entanto, "o retorno à paz e à normalidade - sublinha padre Sere. Mas isso ainda não irá acontecer por muito tempo, pois os conflitos não mostram sinais de diminuir e, apesar dos esforços do Estado, os grupos armados continuam a semear terror”.

"O futuro é preocupante - conclui o diretor da Caritas Burkina Faso -, mas nós continuamos depositando nossa fé em Deus e no amor de nossos irmãos e irmãs em todo o mundo".

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07 julho 2020, 07:41