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Arcebispo de Córdoba, na Argentina, dom Carlos José Ñáñez Arcebispo de Córdoba, na Argentina, dom Carlos José Ñáñez

Arcebispo de Córdoba denuncia vírus da corrupção na Argentina

Dom Carlos Ñáñez recomenda “uma vontade pessoal e social determinada de se opor à corrupção”, sem tentar “tirar proveito dela”; a necessidade de “criar entre todos nós um clima comum que nos encoraje a viver na verdade e a praticar o bem, tanto nas pequenas coisas como nas grandes e importantes”, porque, como diz o Senhor Jesus: “Quem é fiel no pouco é fiel também no muito, e aquele que é desonesto no pouco é desonesto também no muito”

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“Em nossa Argentina, e há muitos anos, temos sofrido de outro vírus igualmente grave, ou ainda mais grave (do que o coronavírus): o vírus da corrupção”, disse o arcebispo de Córdoba, dom Carlos José Ñáñez, em sua homilia no domingo, 19 de julho.

Nosso drama, a falta de vontade de combater a corrupção

“A corrupção faz com que o bem seja chamado de mal e o mal seja chamado de bem, encorajando aqueles que se rendem a este vício a agir consequentemente. O profeta Isaías já denunciava este mesmo mal no antigo Israel, portanto, não somos originais!”, acrescentou.

“Nosso drama como argentinos é que às vezes parece que não há vontade de combater este vírus da corrupção. É como se fôssemos atingidos pela cegueira ou surdez de que Jesus falou no domingo passado, também citando o profeta Isaías”, explicou o prelado.

Viver na verdade e praticar o bem

Dom Ñañez insistiu que para combater a corrupção deve haver uma “reação pessoal determinada e constante: não comprometer-se com mentiras, não fazer um pacto com o mal, não aceitar os 'escândalos' de que Jesus fala”. Não aprovar o que é errado, ilegal, não celebrar de forma alguma aqueles que trabalham desse modo”.

O arcebispo de Córdoba recomenda “uma vontade pessoal e social determinada de se opor à corrupção”, sem tentar “tirar proveito dela”; a necessidade de “criar entre todos nós um clima comum que nos encoraje a viver na verdade e a praticar o bem, tanto nas pequenas coisas como nas grandes e importantes”, porque, como diz o Senhor Jesus: “Quem é fiel no pouco é fiel também no muito, e aquele que é desonesto no pouco é desonesto também no muito”.

Pobreza, verdadeiro escândalo num país potencialmente rico

A responsabilidade pela superação da corrupção deve ser manifestada sobretudo no momento da votação, nas eleições, e “aquele que for eleito deve responder a este compromisso”. “Uma pessoa que não se compromete a combater a corrupção ou que se compromete com ela não deve ser apoiada pelo voto”, ressaltou.

“Peçamos a força para vencer o vírus da corrupção que prejudica os mais fracos e mais pobres, que os usa, que lhes dá as migalhas sem se preocupar com seu verdadeiro bem-estar e dignidade, que não os ajuda, muito menos os promove, tirando-os da pobreza, que é um verdadeiro escândalo num país potencialmente rico, como o país que Deus nosso Senhor, em Sua Providência, nos deu a nós argentinos”, exortou, por fim, o arcebispo de Córdoba.

Vatican News Service – AP/RL      

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22 julho 2020, 11:28