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Madre Mechthild Thürmer, abadessa do convento de Kirchschletten  na Alemanha Madre Mechthild Thürmer, abadessa do convento de Kirchschletten na Alemanha 

Alemanha: abadessa processada por acolher migrante no convento

"Tentei dar algum alívio", disse a abadessa Mechthild Thürmer, que estava sob investigação por continuar acolhendo em seu convento uma mulher imigrante com ordem de deportação.

Na segunda-feira à noite (27/07), mais de 200 pessoas expressaram sua solidariedade com a abadessa beneditina do convento de Kirchschletten na Alta Francônia, Madre Mechthild Thürmer, que está sob investigação e aguardando julgamento por ter acolhido no convento migrantes e cuja sentença está prestes a ser proferida.

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Os fiéis - diz uma nota da agência católica Sir- vêm se reunindo há cerca de três anos para rezar pelo reconhecimento da legalidade das ações da Madre Mechthild. Na última vigília em frente ao convento, o número de pessoas aumentou consideravelmente. A religiosa não estava presente, mas expressou sua gratidão através do Facebook pela solidariedade.

Ouvir o grito de ajuda e dar esperança

Os refugiados que foram recebidos em Kirchschletten estavam traumatizados com o sofrimento indescritível que estavam passando e, na época, não tinham nenhuma perspectiva de que seu pedido de asilo fosse aceito.

"A injustiça foi clamada ao céu. Eu tentei ouvir este grito e oferecer algum alívio, para dar esperança", disse a abadessa, que em princípio deveria responder pela permanência ilegal perante o tribunal distrital de Bamberg na última sexta-feira, após uma multa de 2.500 euros ter sido rejeitada.

A “culpa” de socorrer os mais vulneráveis

A sanção foi anulada porque a investigação para um novo julgamento está atualmente em andamento, de acordo com as informações do tribunal. Os observadores atribuem uma importância substancial ao julgamento, pois nunca houve uma decisão definitiva por parte do judiciário em relação à responsabilidade criminal da Igreja por oferecer hospitalidade em casos como este. O Ministério Público da Baviera encerrou o processo na maioria dos casos por "negligência leve", sem outras sanções além das financeiras, estas últimas sempre aceitas pelos réus.

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31 julho 2020, 10:53