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Venezuela #coronavírus. Cáritas: a pandemia multiplicou a solidariedade

Janeth Márquez, Cáritas: "a Igreja teve de se reinventar" porque o problema mais sentido pela população diz respeito ao acesso aos alimentos.

Silvonei José - Vatican News

Num tempo de privações, como o da pandemia do coronavírus, multiplica-se a solidariedade, "tornando mais forte o serviço de caridade": é o que afirma a diretora da Cáritas da Venezuela, Janeth Márquez, explicando as ações da Pastoral social da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), face à ameaça do Covid-19 no país. Em primeiro lugar, "a Igreja teve de se reinventar", explica Márquez numa nota publicada no site da Conferência Episcopal, porque o problema mais sentido pela população diz respeito ao acesso aos alimentos: a quarentena obrigatória, de fato, limita a possibilidade de trabalhar e, portanto, de ganhar e comprar bens de primeira necessidade. A Cáritas, por isso, mobilizou-se para visitar os necessitados "casa a casa", especialmente nas zonas mais remotas e lá onde há pessoas idosas. Entretanto, continuam os cuidados com crianças subnutridas e o fornecimento de medicamentos o domicílio". Mas não faltam dificuldades, como por exemplo a falta de gasolina. Felizmente, também não falta solidariedade: "As pessoas trazem-nos donativos e alimentos", explica a diretora da Cáritas. "Neste tempo de pandemia, estamos assistindo a uma multiplicação de donativos e de criatividade", para que possamos oferecer aos necessitados toda a ajuda possível, incluindo "informações claras e oficiais" sobre o andamento da emergência sanitária.

Orientações precisas

"A primeira coisa que a Cáritas fez quando tomou conhecimento do vírus", salienta Márquez, "foi criar orientações precisas para lidar enfrentá-lo. A segunda coisa, era colocar em segurança o pessoal interno para evitar que se tornassem receptores e transmissores do Covid-19. Por último, optou-se por realizar serviços de emergência, ou seja, relacionados à alimentação, à saúde e à assistência social, porque há muitas pessoas que vivem com medo".

Evidentemente, todos os serviços foram adaptados às novas necessidades que preveem a ausência de contato físico entre as pessoas para evitar o contágio: por exemplo, os refeitórios solidários foram transformados em entrega a domicílio de refeições; os centros de aconselhamento tornaram-se linhas telefónicas de apoio, enquanto os escritórios da Cáritas foram abertos ao público somente marcando hora, de modo a que não se encontrem ali mais de dez pessoas de cada vez.

Por último, Janeth Márquez sublinha que uma grande ajuda vem também das redes sociais: de fato, foram lançados alguns seminários on line para informar a população sobre as normas de higiene antivírus e também para encorajar a solidariedade entre as famílias, de modo a não deixar ninguém para trás.

 

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20 abril 2020, 09:46