Igreja na Irlanda e o compromisso da Trócaire com os países mais pobres

Vatican News

Doações online ou por telefone. Com as restrições que impedem a transferência "física" de bens e dinheiro, a agência dos bispos irlandeses Trócaire lança um apelo para que sejam usadas plataformas online, até a volta à normalidade.

De fato, não será possível recolher as contribuições de escolas e paróquias, o que geralmente acontecia após o domingo de Páscoa.

O administrador delegado, Caoimhe de Barra, explica que "a Trócaire está empenhada em salvar vidas em todo o mundo e para isso precisamos de apoio concreto."

Atualmente, o vírus está espalhado em 18 países onde está presente a agência de ajudas exteriores da Igreja Católica Irlandesa.

A agência está garantindo um serviço de assistência em sete áreas e os recursos arrecadados durante a Quaresma serão destinados à compra de kits de higiene, para os testes e para as campanhas de informação sobre prevenção.

"Muitas comunidades onde Trócaire trabalha, sequer têm acesso a água potável e nas favelas é impossível manter a distância de segurança devido à superlotação", observa Caoimhe de Barra.

De fato, são vários os países onde são encontradas enormes dificuldades para conter o vírus. Especialmente devido a um sistema de saúde inexistente, o que inclui o Malawi, que tem um leito de UTI para cada milhão de pessoas, a Serra Leoa, que não tem nenhum, e o Sudão do Sul, que só pode contar com 2 ventiladores para 12 milhões de pessoas.

A experiência da Trócaire amadurecida durante epidemias anteriores tem sido eficaz desde o início da disseminação do coronavírus. Na própria Serra Leoa, assim como na República Democrática do Congo, a agência episcopal irlandesa esteve na vanguarda durante o Ebola, garantindo o fornecimento de água e medicamentos.

Hoje a agência continua seus esforços, pedindo porém aos fiéis irlandeses, gestos de solidariedade diferentes em relação ao passado, devido ao Covid-19.