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Peregrinação de 13 de maio a Fátima sem a presença de fiéis

“É com muita dor e tristeza de alma e coração, mas também com grande sentido de responsabilidade que neste momento comunico que o Santuário de Fátima irá celebrar a Grande Peregrinação Internacional Aniversária de maio sem peregrinos fisicamente presentes, sem a presença física de peregrinos, como tem sido habitual”

Vatican News

Com o prolongar-se da emergência do coronavírus, a tradicional peregrinação ao Santuário de Fátima, que reúne centenas de milhares de pessoas nos dias 13 de maio de cada ano, em 2020 será realizada sem a presença de fiéis.

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O bispo da diocese, cardeal António Augusto dos Santos Marto, fez o anúncio “com dor e tristeza” em uma mensagem em vídeo divulgada nos últimos dias no site do Santuário, explicando a decisão como "um ato de responsabilidade pastoral e também um profundo ato de fé”, pedindo neste sentido a compreensão dos peregrinos - mais de 180 grupos - que já haviam se inscrito.

“É com muita dor e tristeza de alma e coração, mas também com grande sentido de responsabilidade que neste momento comunico que o Santuário de Fátima irá celebrar a Grande Peregrinação Internacional Aniversária de maio sem peregrinos fisicamente presentes, sem a presença física de peregrinos, como tem sido habitual”, diz o prelado.

“Suspender esta peregrinação de maio nos moldes habituais - enfatiza cardeal D. António Marto - é um ato de responsabilidade pastoral e também um profundo ato de fé, que comunico com o coração em lágrimas, porque sei da importância deste momento, em particular para tantos milhares de peregrinos que aqui vêm em busca de um alimento, de conforto e de paz para o ano inteiro”.

“Peço a todos que compreendam que, em virtude da pandemia e da necessidade de evitar a propagação do vírus, esta é a única decisão sensata e responsável que poderíamos tomar. Não podemos correr riscos! Não podíamos de modo algum permitir que o nosso Santuário se tornasse centro ou foco de contágio para o país e para o mundo”, acrescenta ainda.

“Esta decisão assenta no respeito pelos próprios peregrinos, por todos nós, pelo bem comum da saúde pública e reflete a nossa fé de cidadãos responsáveis e solidários. Este tempo ordena-nos que fiquemos em casa” apela o bispo de Leiria-Fátima.

 “Mesmo estando em nossas casas, viveremos neste momento o espírito da peregrinação. O santuário estará vazio, mas não deserto. Ainda que fisicamente separados, estaremos todos aqui espiritualmente, unidos como Igreja com Maria, intensamente, com o coração cheio de fé", sublinha o cardeal Marto, exortando os fiéis a viverem este momento difícil em oração "por nós, pelas vítimas diretas e indiretas da pandemia, pelos trabalhadores da saúde, pelos mortos e por seus familiares enlutados e pelos nossos políticos, para que saibam como tomar as melhores decisões".

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11 abril 2020, 17:17