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“A Quaresma que iniciamos alarga-nos à maneira divina de ver, julgar e agir, como em Cristo se revelou", disse o Cardeal Patriarca de Lisboa “A Quaresma que iniciamos alarga-nos à maneira divina de ver, julgar e agir, como em Cristo se revelou", disse o Cardeal Patriarca de Lisboa  

Patriarca de Lisboa: “Quaresma é tempo de exame de consciência

Diocese da capital portuguesa destina renúncia quaresmal 2020 à diocese de Palai, na Índia, para financiar um hospital que atenderá a população mais pobre.

Domingos Pinto – Lisboa

“A Quaresma que iniciamos alarga-nos à maneira divina de ver, julgar e agir, como em Cristo se revelou. À sua luz, formaremos plenamente a consciência, nunca perdendo de vista a finalidade das coisas, quando atendemos a cada uma em particular. Assim ganharemos a liberdade de consciência, pois a verdade liberta. Assim faremos a objeção de consciência, sempre que for o caso”.

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É um dos apelos da mensagem quaresmal do Cardeal Patriarca de lisboa para a Quaresma deste ano centrada no tema «Uma Quaresma para a consciência».

Uma reflexão que tem lugar poucos dias depois do Parlamento ter aprovado cinco projetos no sentido da despenalização da eutanásia, oportunidade para D. Manuel Clemente sublinhar a importância da Quaresma como um tempo de um exame de consciência.

Na missa de Quarta-feira de Cinzas, o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa realçou o papel dos que apoiam os outros na fase mais frágil da vida.

“Tudo se torna afinal uma questão de consciência, a qual, pela atenção à totalidade do real é precisamente o contrário das chamadas questões fraturantes, que tomam a parte pelo todo e contra o todo, reduzindo-o à disposição individual e ignorando as consequências negativas de tal atitude”, frisou o prelado.

Para D. Manuel Clemente, “mesmo falando em termos positivos e aceitáveis por crentes e não crentes, trata-se de exercitar uma humanidade mais consciente e conjugada, para que todos vivam e ninguém desista de viver. Assim atingiremos a consciência plena, correspondendo à totalidade do real”.

“A consciência, religiosamente considerada, leva-nos a ver os outros como Deus os vê e a cuidar deles como Deus cuida de nós, em tantas mãos que aceitam prolongar as que nos estendeu em Cristo. Mãos que amparam a fragilidade dos outros e os envolvem em todas as fases da vida, sobretudo quando mais fragilizada”, disse o prelado que reafirmou a aposta nos cuidados paliativos.

“É este envolvimento cuidadoso que a palavra paliativo significa”, concluiu o Cardeal Patriarca de Lisboa.

A renúncia quaresmal 2020 destina-se à Diocese de Palai (Índia), para financiar um hospital que atenderá especialmente a população mais pobre. A de 2019, que juntou 236.273,45€, destinou-se à Cáritas da Venezuela.

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02 março 2020, 11:20